Ano: 2024

VIVO Amplia Ação Climática à Cadeia de Valor

TELEFONICA BRASIL S.A.

Categoria: Processos

Aspectos Gerais da Prática:

O cenário atual de gestão do escopo 3 demonstra a importância de empresas líderes em suas atividades romperem os desafios existentes e inovarem em formas de trabalhar com sua cadeia. Ciente do desafio em reduzir as emissões do Escopo 3, que representam mais de 90% das suas emissões totais, a Vivo multiplicou seus esforços e, como um grande diferencial e tem atuado em 5 principais frentes para atingir o objetivo de tornar-se Net-Zero em 2035. São eles:

Engajamento e Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores
A cadeia de fornecimento da Vivo é composta por empresas de diferentes regiões, tamanhos e segmentos, que fornecem desde aparelhos celulares e gadgets vendidos em lojas e site da companhia, fornecedores de equipamentos mais pesados usados na infraestrutura de redes, como antenas e transmissores, até fornecedores de serviços, como consultorias.
Com uma cadeia de fornecimento tão heterogênea, a Vivo realizou um diagnóstico de todas as categorias de fornecedores para definir um escopo significativo em emissões, que seja também inclusivo.
Por meio do Programa Carbono na Cadeia de Fornecedores, iniciado em 2020, a Vivo impulsiona seus parceiros estratégicos de diferentes portes e segmentos, a implementarem a gestão de emissões de GEE. Com mais de 1200 fornecedores, a Vivo selecionou 125 empresas, a partir de uma metodologia desenvolvida que permitiu identificar as categorias mais intensivas em carbono, equipamentos eletrônicos (B2B e B2C), equipamentos de redes (energizados), materiais de rede (passivos) e serviços de rede, logística e transporte que usam muitos combustíveis. Essa seleção comtempla mais de 80% das emissões de fornecedores e 58% do spending. Confira as etapas:
a) Diagnóstico
A Vivo realizou um diagnóstico para conhecer o nível de maturidade de cada empresa, separando em cinco níveis de acordo com a atuação no tema.
Nível 1 – Não contabiliza as emissões de GEE
Nível 2 – Elabora o Inventário de Emissões de GEE
Nível 3 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução
Nível 4 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução + Audita ou Compensa as Emissões
Nível 5 – Realiza o Inventário de GEE (Completo) + Metas SBTi
O resultado mostrou que grande parte dos fornecedores (69%) não realizava o inventário, o que dificultava o estabelecimento de metas quantitativas sem ter um histórico de emissões, mas também demonstrava a importância que teria esse programa no desenvolvimento da nossa cadeia de desenvolvimento.
b) Sensibilização
A etapa de sensibilização foi um processo disruptivo por quebrar alguns mitos na percepção dos fornecedores. Muitos acreditavam que seus negócios não tinham impacto ambiental relevante, que teriam custo financeiro ao implantar medidas de descarbonização e que haveria trabalho demasiado para avançar. O programa vem mostrando que medidas de eficiência e controle promovem a redução de custos e potencial aumento na competitividade destes fornecedores, que passam a estar melhor preparados nos processos de concorrência para atender clientes que buscam boas práticas de sustentabilidade. Desde modo, a Vivo contribui para que seus fornecedores se antecipem a uma tendência que, gradativamente, está se tornando um diferencial e uma exigência do mercado.
c) Trilha de capacitação
Diante desse cenário, a Vivo construiu uma trilha para capacitação desses fornecedores no tema de mudanças climáticas, que contou com uma série de webinars, desde um nível mais básico (sobre como elaborar um inventário de emissões) até o mais avançado, trazendo temas como riscos climáticos e transparência nos reportes.
d) Consultoria Individualizada
De forma inovadora e sem custos para os fornecedores, em 2023, a Vivo proporcionou gratuitamente para as empresas participantes do programa o acesso a uma consultoria individualizada, com a contrapartida de assumirem um objetivo climático voluntário com a Vivo e o planeta. Com o apoio dessa consultoria especializada, os fornecedores conseguiram sanar dúvidas especificas do setor que atuam, elaborar inventários de emissão de gases de efeito estufa e construírem objetivos para reduzir suas emissões.

Compras Sustentáveis
A Vivo incorpora em seu processo de compra requisitos de sustentabilidade e, desde o início deste ano, enfatizou em contratos a solicitação a seus fornecedores de serviços intensivos em carbono, que estabeleçam metas de redução de emissões alinhadas com a iniciativa Science Based Targets (SBTi). Esses fornecedores relevantes em emissões, devem apresentar o compromisso de desenvolver metas de redução com a base científica e apresentá-las ao SBTi dentro de 6 meses após assinatura de contrato, como também concluir sua validação com o SBTi dentro dos prazos do programa.
Além disso, a Vivo incorpora progressivamente critérios ambientais e de economia circular na aquisição de equipamentos eletrônicos. Esses critérios permitem avaliar a reparabilidade, reciclabilidade, durabilidade e a capacidade de atualização dos equipamentos adquiridos. O objetivo é que 100% dos processos de compra de equipamentos eletrônicos fixos utilizados na casa dos nossos clientes, incluam esses critérios de circularidade até 2025.

Prolongamento da vida útil de materiais e equipamentos
A economia circular quando implementada ao modelo de negócio pode impulsionar práticas sustentáveis que favorecem o meio ambiente. A Vivo pratica a reforma e o reaproveitamento de equipamentos e materiais antes de seu descarte, quando podem ser reintroduzidos na cadeia de abastecimento da companhia. O objetivo é recondicionar e reutilizar mais de 90% dos equipamentos fixos (modens e decoders) que são recolhidos da casa dos clientes até 2024. Para isso, oferece aos clientes a opção de agendar a coleta domiciliar ou a devolução em uma loja dos aparelhos usados, por meio do call center, de formulários web ou de seu sistema de inteligência artificial (Aura). O reparo e a reutilização dos equipamentos da Vivo contribuem para uma economia circular e para a redução de emissões de escopo 3, diminuindo a necessidade pela compra de novos equipamentos, reduzindo o impacto que seria gerado em todo o ciclo produtivo desse novo aparelho, desde a extração da matéria-prima até o transporte desse novo produto aos centros de distribuição.

Consumo Responsável e Consciente pelos Clientes
A Vivo desenvolve produtos e soluções sustentáveis, estimulando o consumo responsável e consciente. A empresa lançou o selo Ecosmart, que sinaliza benefícios associados a eficiência energética, redução do consumo de água, redução de emissões de CO2 e economia circular.

Precificação de Carbono A Vivo está trabalhando para estabelecer uma taxa interna de carbono como alavanca para incentivar áreas emissores da companhia a alcançar zero emissões líquidas até 2035.

Essas iniciativas demonstram o compromisso da Vivo em promover práticas sustentáveis em sua cadeia de valor, contribuindo para a redução de emissões e o desenvolvimento sustentável.

Relevância para o Negócio:

As mudanças climáticas são um dos principais desafios atuais da humanidade. De acordo com a Copernicus, o ano de 2023 foi marcado como o mais quente da história, registrando uma temperatura média global de 1,48 ºC. No Brasil, a média de temperaturas, em 2023, ficou em 24,92 °C, sendo 0,69 ºC acima da média histórica de 1991/2020, que é de 24,23 ºC. O país recentemente vivenciou períodos de seca na região Norte, temperaturas acima da média em grande parte da região Norte, Centro-Oeste e Sudeste, ocorrência de ciclone e chuvas intensas no Sul, além de chuvas torrenciais em várias regiões, causando episódios de enchentes e inundações.

Para mitigar a probabilidade das mudanças climáticas desencadearem eventos cada vez mais críticos, sistêmicos e recorrentes, colocando em risco a estabilidade global, é necessário limitar o aquecimento global a 1,5 °C até 2100, atingindo zero emissões líquidas em 2050, conforme recomendando pelo Intergovernamental Painel on Climate Change (IPCC). Para isso, as organizações, os governos, sociedade e empresas, independentemente de seu porte e setor, precisam se esforçar na redução de emissões Gases de Efeito Estufa (GEE) e neutralizar emissões residuais.

Mitigar os riscos destes impactos passa, obrigatoriamente, pelo envolvimento da cadeia de valor. De acordo com estudo do CDP e BCG (2024), as emissões da cadeia de fornecedores no escopo 3 são, em média, 26 vezes maiores do que as emissões de operações diretas (escopos 1 e 2). Para reduzir as emissões de escopo 3, tornou-se crucial uma reformulação do modelo de negócio e das relações com os parceiros.

Visando este grande desafio, a Vivo estruturou o Programa de Carbono na Cadeia de Fornecedores, atuando em parceria com estas empresas. A iniciativa tem como objetivo engajar sua cadeia de fornecimento e sensibilizar sobre os impactos das mudanças climáticas nos negócios, além de propor iniciativas de mensuração, gestão e redução de gases de efeito estufa (GEE).

A Vivo também realiza outras ações a fim de reduzir as emissões em sua cadeia de valor, como a incorporação de um preço sombra nas decisões de compra de equipamentos que consomem eletricidade e gases fluorados. Para tanto, elaborou uma Instrução Corporativa para compras de baixo carbono, que inclui o cálculo do Custo Total de Propriedade (TCO) desses equipamentos, permitindo que as decisões dos processos de compra sejam orientadas para tecnologias e equipamentos mais eficientes e, portanto, com menor pegada de carbono.

De acordo com o Circularity Gap Report 2024, o manejo e uso de materiais contribuem com 70% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Isso faz com que a aplicação da economia circular nos negócios, especialmente nas telecomunicações, ajude a evitar emissões de GEE, pois diminui a necessidade por processos de extração e processamento de matéria prima, fabricação e transporte dos eletrônicos.

A Vivo adota critérios de economia circular na aquisição de equipamentos e realiza o reaproveitamento de modens e decodificadores dos clientes, evitando a compra de novos itens e, assim, reduzindo suas emissões. Em 2023, foram recondicionados cerca de 1 milhão desses aparelhos, evitando a emissão de mais de 88 mil toneladas de CO2 e gastos de CAPEX na aquisição de novos equipamentos.

Junto aos clientes, a empresa estimula o consumo responsável durante a sua jornada com a Vivo. Em lojas on-line e físicas, a companhia oferece o selo Eco Rating, que avalia os impactos ambientais dos dispositivos móveis. Já para os clientes no segmento B2B, a Vivo lançou o selo Ecosmart. Através desse selo as empresas identificam, no momento da contratação do serviço, os benefícios ambientais que os produtos e soluções digitais da Vivo poderão gerar em sua operação. Assim, a Vivo agrega a sustentabilidade na proposta de valor de produtos e serviços, contribuindo também para reduzir as emissões em sua cadeia de valor.

Considerando a complexidade de reduzir as emissões do Escopo 3, a Vivo acredita que somente por meio de uma abordagem diversificada e abrangente, como os exemplos mencionados acima, será possível obter os resultados desejados e dentro do prazo estipulado, rumo ao net zero em 2035, impulsionando também toda a sua cadeia de valor em ações para conter as mudanças climáticas.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

O cenário atual de gestão do escopo 3 demonstra a importância de empresas líderes em suas atividades romperem os desafios existentes e inovarem em formas de trabalhar com sua cadeia. Ciente do desafio em reduzir as emissões do Escopo 3, que representam mais de 90% das suas emissões totais, a Vivo multiplicou seus esforços e, como um grande diferencial e tem atuado em 5 principais frentes para atingir o objetivo de tornar-se Net-Zero em 2035. São eles:

Engajamento e Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores
A cadeia de fornecimento da Vivo é composta por empresas de diferentes regiões, tamanhos e segmentos, que fornecem desde aparelhos celulares e gadgets vendidos em lojas e site da companhia, fornecedores de equipamentos mais pesados usados na infraestrutura de redes, como antenas e transmissores, até fornecedores de serviços, como consultorias.
Com uma cadeia de fornecimento tão heterogênea, a Vivo realizou um diagnóstico de todas as categorias de fornecedores para definir um escopo significativo em emissões, que seja também inclusivo.
Por meio do Programa Carbono na Cadeia de Fornecedores, iniciado em 2020, a Vivo impulsiona seus parceiros estratégicos de diferentes portes e segmentos, a implementarem a gestão de emissões de GEE. Com mais de 1200 fornecedores, a Vivo selecionou 125 empresas, a partir de uma metodologia desenvolvida que permitiu identificar as categorias mais intensivas em carbono, equipamentos eletrônicos (B2B e B2C), equipamentos de redes (energizados), materiais de rede (passivos) e serviços de rede, logística e transporte que usam muitos combustíveis. Essa seleção comtempla mais de 80% das emissões de fornecedores e 58% do spending. Confira as etapas:
a) Diagnóstico
A Vivo realizou um diagnóstico para conhecer o nível de maturidade de cada empresa, separando em cinco níveis de acordo com a atuação no tema.
Nível 1 – Não contabiliza as emissões de GEE
Nível 2 – Elabora o Inventário de Emissões de GEE
Nível 3 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução
Nível 4 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução + Audita ou Compensa as Emissões
Nível 5 – Realiza o Inventário de GEE (Completo) + Metas SBTi
O resultado mostrou que grande parte dos fornecedores (69%) não realizava o inventário, o que dificultava o estabelecimento de metas quantitativas sem ter um histórico de emissões, mas também demonstrava a importância que teria esse programa no desenvolvimento da nossa cadeia de desenvolvimento.
b) Sensibilização
A etapa de sensibilização foi um processo disruptivo por quebrar alguns mitos na percepção dos fornecedores. Muitos acreditavam que seus negócios não tinham impacto ambiental relevante, que teriam custo financeiro ao implantar medidas de descarbonização e que haveria trabalho demasiado para avançar. O programa vem mostrando que medidas de eficiência e controle promovem a redução de custos e potencial aumento na competitividade destes fornecedores, que passam a estar melhor preparados nos processos de concorrência para atender clientes que buscam boas práticas de sustentabilidade. Desde modo, a Vivo contribui para que seus fornecedores se antecipem a uma tendência que, gradativamente, está se tornando um diferencial e uma exigência do mercado.
c) Trilha de capacitação
Diante desse cenário, a Vivo construiu uma trilha para capacitação desses fornecedores no tema de mudanças climáticas, que contou com uma série de webinars, desde um nível mais básico (sobre como elaborar um inventário de emissões) até o mais avançado, trazendo temas como riscos climáticos e transparência nos reportes.
d) Consultoria Individualizada
De forma inovadora e sem custos para os fornecedores, em 2023, a Vivo proporcionou gratuitamente para as empresas participantes do programa o acesso a uma consultoria individualizada, com a contrapartida de assumirem um objetivo climático voluntário com a Vivo e o planeta. Com o apoio dessa consultoria especializada, os fornecedores conseguiram sanar dúvidas especificas do setor que atuam, elaborar inventários de emissão de gases de efeito estufa e construírem objetivos para reduzir suas emissões.

Compras Sustentáveis
A Vivo incorpora em seu processo de compra requisitos de sustentabilidade e, desde o início deste ano, enfatizou em contratos a solicitação a seus fornecedores de serviços intensivos em carbono, que estabeleçam metas de redução de emissões alinhadas com a iniciativa Science Based Targets (SBTi). Esses fornecedores relevantes em emissões, devem apresentar o compromisso de desenvolver metas de redução com a base científica e apresentá-las ao SBTi dentro de 6 meses após assinatura de contrato, como também concluir sua validação com o SBTi dentro dos prazos do programa.
Além disso, a Vivo incorpora progressivamente critérios ambientais e de economia circular na aquisição de equipamentos eletrônicos. Esses critérios permitem avaliar a reparabilidade, reciclabilidade, durabilidade e a capacidade de atualização dos equipamentos adquiridos. O objetivo é que 100% dos processos de compra de equipamentos eletrônicos fixos utilizados na casa dos nossos clientes, incluam esses critérios de circularidade até 2025.

Prolongamento da vida útil de materiais e equipamentos
A economia circular quando implementada ao modelo de negócio pode impulsionar práticas sustentáveis que favorecem o meio ambiente. A Vivo pratica a reforma e o reaproveitamento de equipamentos e materiais antes de seu descarte, quando podem ser reintroduzidos na cadeia de abastecimento da companhia. O objetivo é recondicionar e reutilizar mais de 90% dos equipamentos fixos (modens e decoders) que são recolhidos da casa dos clientes até 2024. Para isso, oferece aos clientes a opção de agendar a coleta domiciliar ou a devolução em uma loja dos aparelhos usados, por meio do call center, de formulários web ou de seu sistema de inteligência artificial (Aura). O reparo e a reutilização dos equipamentos da Vivo contribuem para uma economia circular e para a redução de emissões de escopo 3, diminuindo a necessidade pela compra de novos equipamentos, reduzindo o impacto que seria gerado em todo o ciclo produtivo desse novo aparelho, desde a extração da matéria-prima até o transporte desse novo produto aos centros de distribuição.

Consumo Responsável e Consciente pelos Clientes
A Vivo desenvolve produtos e soluções sustentáveis, estimulando o consumo responsável e consciente. A empresa lançou o selo Ecosmart, que sinaliza benefícios associados a eficiência energética, redução do consumo de água, redução de emissões de CO2 e economia circular.

Precificação de Carbono A Vivo está trabalhando para estabelecer uma taxa interna de carbono como alavanca para incentivar áreas emissores da companhia a alcançar zero emissões líquidas até 2035.

Essas iniciativas demonstram o compromisso da Vivo em promover práticas sustentáveis em sua cadeia de valor, contribuindo para a redução de emissões e o desenvolvimento sustentável.

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

O cenário atual de gestão do escopo 3 demonstra a importância de empresas líderes em suas atividades romperem os desafios existentes e inovarem em formas de trabalhar com sua cadeia. Ciente do desafio em reduzir as emissões do Escopo 3, que representam mais de 90% das suas emissões totais, a Vivo multiplicou seus esforços e, como um grande diferencial e tem atuado em 5 principais frentes para atingir o objetivo de tornar-se Net-Zero em 2035. São eles:

Engajamento e Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores
A cadeia de fornecimento da Vivo é composta por empresas de diferentes regiões, tamanhos e segmentos, que fornecem desde aparelhos celulares e gadgets vendidos em lojas e site da companhia, fornecedores de equipamentos mais pesados usados na infraestrutura de redes, como antenas e transmissores, até fornecedores de serviços, como consultorias.
Com uma cadeia de fornecimento tão heterogênea, a Vivo realizou um diagnóstico de todas as categorias de fornecedores para definir um escopo significativo em emissões, que seja também inclusivo.
Por meio do Programa Carbono na Cadeia de Fornecedores, iniciado em 2020, a Vivo impulsiona seus parceiros estratégicos de diferentes portes e segmentos, a implementarem a gestão de emissões de GEE. Com mais de 1200 fornecedores, a Vivo selecionou 125 empresas, a partir de uma metodologia desenvolvida que permitiu identificar as categorias mais intensivas em carbono, equipamentos eletrônicos (B2B e B2C), equipamentos de redes (energizados), materiais de rede (passivos) e serviços de rede, logística e transporte que usam muitos combustíveis. Essa seleção comtempla mais de 80% das emissões de fornecedores e 58% do spending. Confira as etapas:
a) Diagnóstico
A Vivo realizou um diagnóstico para conhecer o nível de maturidade de cada empresa, separando em cinco níveis de acordo com a atuação no tema.
Nível 1 – Não contabiliza as emissões de GEE
Nível 2 – Elabora o Inventário de Emissões de GEE
Nível 3 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução
Nível 4 – Realiza o Inventário de GEE + Metas de Redução + Audita ou Compensa as Emissões
Nível 5 – Realiza o Inventário de GEE (Completo) + Metas SBTi
O resultado mostrou que grande parte dos fornecedores (69%) não realizava o inventário, o que dificultava o estabelecimento de metas quantitativas sem ter um histórico de emissões, mas também demonstrava a importância que teria esse programa no desenvolvimento da nossa cadeia de desenvolvimento.
b) Sensibilização
A etapa de sensibilização foi um processo disruptivo por quebrar alguns mitos na percepção dos fornecedores. Muitos acreditavam que seus negócios não tinham impacto ambiental relevante, que teriam custo financeiro ao implantar medidas de descarbonização e que haveria trabalho demasiado para avançar. O programa vem mostrando que medidas de eficiência e controle promovem a redução de custos e potencial aumento na competitividade destes fornecedores, que passam a estar melhor preparados nos processos de concorrência para atender clientes que buscam boas práticas de sustentabilidade. Desde modo, a Vivo contribui para que seus fornecedores se antecipem a uma tendência que, gradativamente, está se tornando um diferencial e uma exigência do mercado.
c) Trilha de capacitação
Diante desse cenário, a Vivo construiu uma trilha para capacitação desses fornecedores no tema de mudanças climáticas, que contou com uma série de webinars, desde um nível mais básico (sobre como elaborar um inventário de emissões) até o mais avançado, trazendo temas como riscos climáticos e transparência nos reportes.
d) Consultoria Individualizada
De forma inovadora e sem custos para os fornecedores, em 2023, a Vivo proporcionou gratuitamente para as empresas participantes do programa o acesso a uma consultoria individualizada, com a contrapartida de assumirem um objetivo climático voluntário com a Vivo e o planeta. Com o apoio dessa consultoria especializada, os fornecedores conseguiram sanar dúvidas especificas do setor que atuam, elaborar inventários de emissão de gases de efeito estufa e construírem objetivos para reduzir suas emissões.

Compras Sustentáveis
A Vivo incorpora em seu processo de compra requisitos de sustentabilidade e, desde o início deste ano, enfatizou em contratos a solicitação a seus fornecedores de serviços intensivos em carbono, que estabeleçam metas de redução de emissões alinhadas com a iniciativa Science Based Targets (SBTi). Esses fornecedores relevantes em emissões, devem apresentar o compromisso de desenvolver metas de redução com a base científica e apresentá-las ao SBTi dentro de 6 meses após assinatura de contrato, como também concluir sua validação com o SBTi dentro dos prazos do programa.
Além disso, a Vivo incorpora progressivamente critérios ambientais e de economia circular na aquisição de equipamentos eletrônicos. Esses critérios permitem avaliar a reparabilidade, reciclabilidade, durabilidade e a capacidade de atualização dos equipamentos adquiridos. O objetivo é que 100% dos processos de compra de equipamentos eletrônicos fixos utilizados na casa dos nossos clientes, incluam esses critérios de circularidade até 2025.

Prolongamento da vida útil de materiais e equipamentos
A economia circular quando implementada ao modelo de negócio pode impulsionar práticas sustentáveis que favorecem o meio ambiente. A Vivo pratica a reforma e o reaproveitamento de equipamentos e materiais antes de seu descarte, quando podem ser reintroduzidos na cadeia de abastecimento da companhia. O objetivo é recondicionar e reutilizar mais de 90% dos equipamentos fixos (modens e decoders) que são recolhidos da casa dos clientes até 2024. Para isso, oferece aos clientes a opção de agendar a coleta domiciliar ou a devolução em uma loja dos aparelhos usados, por meio do call center, de formulários web ou de seu sistema de inteligência artificial (Aura). O reparo e a reutilização dos equipamentos da Vivo contribuem para uma economia circular e para a redução de emissões de escopo 3, diminuindo a necessidade pela compra de novos equipamentos, reduzindo o impacto que seria gerado em todo o ciclo produtivo desse novo aparelho, desde a extração da matéria-prima até o transporte desse novo produto aos centros de distribuição.

Consumo Responsável e Consciente pelos Clientes
A Vivo desenvolve produtos e soluções sustentáveis, estimulando o consumo responsável e consciente. A empresa lançou o selo Ecosmart, que sinaliza benefícios associados a eficiência energética, redução do consumo de água, redução de emissões de CO2 e economia circular.

Precificação de Carbono A Vivo está trabalhando para estabelecer uma taxa interna de carbono como alavanca para incentivar áreas emissores da companhia a alcançar zero emissões líquidas até 2035.

Essas iniciativas demonstram o compromisso da Vivo em promover práticas sustentáveis em sua cadeia de valor, contribuindo para a redução de emissões e o desenvolvimento sustentável.

Resultados Sociais e Ambientais Obtidos com a Prática:

O Programa de Carbono na Cadeia de Fornecedores da Vivo é disruptivo e tem alcançado resultados significativos tanto em termos de impactos sociais quanto ambientais. Em relação aos aspectos sociais, o programa vem desempenhando um papel importante na conscientização, capacitação e engajamento de seus fornecedores.

Ao longo dos últimos anos, a Vivo realizou uma série de webinars promovendo uma jornada de conhecimento sobre emissões de carbono. No total, mais de 200 pessoas de diferentes setores e cargos foram impactadas pela jornada promovida pela Vivo.

Além disso, como avanço do primeiro ciclo, o número de empresas atuando pelo clima dobrou, chegando a 60% dos 125 fornecedores, o que representa 82% das emissões provenientes dos seus fornecedores. Já a proporção de empresas que possuem inventário e metas estruturadas passou de 8% para 24%. No total, 20% dos fornecedores participantes já possuem metas submetidas ou validadas pelo SBTi.
Inspirada no objetivo do Pacto Global de estreitar relacionamentos

A Vivo incorpora requisitos de sustentabilidade em sua minuta contratual com fornecedores, partindo desde requisitos sociais de direitos humanos até requisitos ambientais como preservação da biodiversidade e gestão das emissões de gases de efeito estufa.

Desde o ano passado, os contratos com os fornecedores de serviço de redes vem sendo revisados, com ênfase na solicitação que os fornecedores estabeleçam metas de redução de emissões alinhadas com a iniciativa Science Based Targets (SBTi), ou seja, metas alinhadas ao objetivo global em manter o aquecimento global limitado em 1,5°C. Designadamente, esses fornecedores devem apresentar o compromisso de desenvolver metas de redução com base científica ao SBTi dentro de 6 meses após assinatura de contrato, bem como a concluir sua validação com o SBTi dentro dos prazos do programa.

Ainda em 2024, a Companhia está realizando essa negociação em outros contratos, como os de transporte logístico. Até 2026, a Vivo planeja ter 65% das emissões provenientes de fornecedores, com empresas que possuem metas de redução de carbono validadas com o SBTi.

A Vivo pratica a reforma e o reaproveitamento de equipamentos e materiais antes de seu descarte, quando podem ser reintroduzidos na cadeia de abastecimento da Companhia. O reparo e a reutilização dos equipamentos da Vivo contribuem para uma economia circular e para a redução de emissões de escopo 3, diminuindo a necessidade da compra de novos equipamentos, reduzindo o impacto que seria gerado em todo o ciclo produtivo desse novo aparelho, desde a extração da matéria-prima até o seu transporte aos centros de distribuição. Em 2023, a Companhia recondicionou 1.093.773 desses aparelhos, que voltaram para a casa dos clientes em perfeitas condições de uso, evitando a emissão de mais de 88 mil toneladas de CO2, associadas à fabricação de novos equipamentos.

De acordo com o Smarter 2030, o setor de Tecnologia da Informação e comunicação (TIC) tem potencial para reduzir 3,6 GtCO2e até 2030. Apoiada em uma rede que funciona 100% com energia renovável e de baixa emissão de CO2, a Vivo oferta a seus clientes B2B soluções baseadas em Conectividade, Internet das Coisas (IoT), Cloud, Big Data ou 5G, que favorecem a transformação digital e proporcionam benefícios ambientais significativos, identificados pelo selo Eco Smart.

Em 2023, a Vivo aumentou o percentual de produtos com o selo Eco Smart no portfólio do B2B, chegando a 36% do portfólio com produtos que levam benefícios ambientais aos clientes. Os serviços Eco Smart e a conectividade foram fundamentais para que os clientes da Vivo pudessem evitar as emissões de 25,5 milhões de toneladas de CO2 em 2023.

Os avanços atingidos contribuem diretamente para o objetivo da empresa de atingir emissões líquidas zero (escopo 1, 2 e 3) até 2035. Também contribui para o desenvolvimento da sua cadeia de valor no tema das mudanças climáticas, impulsionando empresas de diferentes portes na atuação pelo clima e na disseminação em suas próprias cadeias.

Gestão da Prática Relatada:

A Vivo possui uma sólida governança da sustentabilidade, com processos cada vez mais robustos e transversais, além de uma cultura digital colaborativa que incentiva todos os colaboradores a incluírem a sustentabilidade em sua atuação diária por meio do norteador “Ação Responsável”, alinhado ao pilar estratégico Vivo Sustentável.

Para orientar as iniciativas e a evolução no nível operacional, a Vivo conta com um Plano de Negócio Responsável (PNR), composto por seis pilares de atuação, com mais de cem indicadores. As estratégias de energia, mudanças climáticas e zero emissões líquidas fazem parte do PNR da Companhia, cujos indicadores e metas são monitorados e aprovados pelo Conselho de Administração, por meio do reporte do seu comitê de assessoramento, Comitê de Qualidade e Sustentabilidade.
Como uma das medidas para impulsionar a sustentabilidade em toda a Companhia, 20% da remuneração variável dos executivos e colaboradores da Vivo está atrelada às metas ESG, como a redução de emissões e diversidade.

As atribuições ambientais na Vice-Presidência de Relações Institucionais e Sustentabilidade visam fomentar o relacionamento e a atuação multissetorial com outros stakeholders, o que é fundamental para o enfrentamento de desafios globais como as mudanças climáticas. Essa estrutura é responsável por orientar e acompanhar a implantação do pilar estratégico #VivoSustentável em toda a Companhia e cadeia de valor.

As mudanças de processo, visando a gestão do escopo 3, implicam em alterações estruturais e de negócios que impactam a Companhia, como alterações de políticas, alterações de processos de concorrências de fornecedores, alterações nos modelos de análises de propostas. Essas mudanças só são possíveis pelo alinhamento estratégico e priorização do tema climático pela alta governança da empresa.

Estes são alguns dos mecanismos que permitiram à Vivo ser referência na agenda ESG e reconhecida entre as empresas líderes em sustentabilidade, de forma expressiva, nos últimos anos.

Reforçando esta integração, o CEO da empresa anunciou, no Vivo ESG Day, a antecipação de sua meta climática para diferentes stakeholders convidados, como acadêmicos, imprensa, organizações e empresas e com transmissão ao vivo para todo o público interno. Na ocasião, reforçou a importância imprescindível da atuação com fornecedores para o atingimento do objetivo proposto. Para clientes e sociedade, a nova campanha de ampla veiculação da empresa abordou a urgência das questões climáticas, com o tenista Rafael Nadal trazendo uma reflexão sobre o futuro do planeta: https://www.youtube.com/watch?v=-sbEkaQO3xM

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

De modo a impulsionar e ampliar o alcance da ação climática empresarial, as ações realizadas pela Vivo, para a descarbonização de sua cadeia de valor, são modelos replicáveis e adaptáveis para que, outras empresas e instituições públicas possam adotá-las.

O Programa de Carbono na Cadeia de Fornecedores é uma referência entre as iniciativas de empresas brasileiras. Em pouco tempo do programa, a Vivo conseguiu dobrar o número de empresas atuando pelo clima, chegando a 60% dos 125 fornecedores, gerando muito interesse do mercado em conhecer e se aprofundar sobre o case.

Com o propósito de inspirar outras empresas, estreitar relacionamentos e promover intercâmbio em relação aos modelos de negócio, a Vivo participa e desenvolve encontros, tais como webinars, workshop e eventos onde compartilha com empresas de diferentes setores as práticas adotadas para descarbonizar seu Escopo 3. A companhia entende que, somente com uma atuação conjunta, será possível mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Em 2024, a Vivo continuará engajando os fornecedores, incentivando novas adesões e monitorando a evolução das empresas frente aos compromissos assumidos, agora, em uma nova etapa, tendo a KPMG como consultoria para as empresas.

Como incentivo para seus fornecedores, a Vivo realizará um evento para reconhecer os que se destacarem no programa. Além disso, a companhia também planeja tornar que o estabelecimento de compromissos climáticos seja um novos diferenciais para contratação nos próximos anos, em conjunto com outros critérios ESG.

Com a experiência de dois anos do Programa Carbono na Cadeia de Fornecedores, a Vivo identificou a importância de sensibilizar pequenas e médias empresas, que sequer mediam seu impacto ambiental, para a descarbonização.

Um ponto importante do programa vem sendo desmistificar o tema e promover maior eficiência e competitividade para estas empresas, demonstrando que a estratégia de mudança climática é boa não só para o meio ambiente, mas também para os negócios.

São iniciativas dentro de um compromisso maior, de trazer a sustentabilidade para dentro do negócio e, ao mesmo tempo, impulsionar outras companhias a fazerem o mesmo, em um grande movimento do setor privado para conter as mudanças climáticas e preservar o planeta para as futuras gerações.
Como empresa líder de telecomunicações no país, a Vivo assumiu a frente para desenvolver seus fornecedores na jornada de descarbonização. Dado que os fornecedores se sobrepõem entre as empresas do setor, o Programa de Carbono na Cadeia de Fornecedores propicia que estas empresas fiquem melhor preparadas para exigências futuras que certamente virão também de outros clientes.

Esta é uma longa jornada, porém necessária e urgente. Companhias que queiram realmente avançar em práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) não podem mais se contentar em apenas fazer o seu papel dentro da empresa. É preciso agir em rede. Tomar a dianteira para mover o ponteiro de toda a sua cadeia de valor no compromisso para frear o aquecimento global.