Ano: 2024

Projeto PD&I Compost Tree

COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS COPASA MG

Categoria: Produtos ou Serviços

Aspectos Gerais da Prática:

O lodo de esgoto é o subproduto gerado nas Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs. Por ser uma fonte rica em nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, o lodo de esgoto pode ser utilizado como fertilizante orgânico em áreas agrícolas, desde que seja tratado e manuseado de forma adequada, visando garantir a segurança ambiental e de saúde pública.

O processo de tratamento do lodo de esgoto envolve a remoção de contaminantes como por exemplo, patógenos e metais pesados. O uso de lodo de esgoto como fertilizante orgânico tem sido uma prática comum em muitas partes do mundo. Para tal uso, o lodo de esgoto deve seguir regulamentações e legislações específicas para garantir sua segurança e efetividade. Além disso, recomenda-se que sejam realizadas análises laboratoriais para determinar a quantidade e a composição do lodo de esgoto a ser utilizado, garantindo assim sua eficácia como fertilizante e a saúde das plantas.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG opera mais de 230 (duzentas e trinta) ETEs, que devem cumprir os padrões de lançamento de efluentes e demais requisitos da legislação ambiental e ainda, atender às normas e regulamentos referentes à prestação de serviço de esgotamento sanitário.

A disposição final do lodo de esgoto vem se caracterizando como um desafio para a COPASA MG e demais operadoras de sistemas de esgotamento sanitário. O aumento do número de ETEs causa um incremento da produção de lodos de esgotos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH produz aproximadamente 250 toneladas de lodo desidratado por dia. Na ETE Arrudas, a maior ETE de Minas Gerais, são geradas, em média, 2.100 toneladas de lodo de esgoto por mês. Atualmente, as principais alternativas de tratamento e disposição final de lodos de esgoto são: disposição em aterros sanitários, aterros industriais, incineração, recuperação de áreas degradadas, uso como fertilizante, reflorestamento e landfarming. A destinação final utilizada pela COPASA MG dos lodos gerados em suas ETEs é o aterro sanitário.

Em consonância com o Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020) e o Pacto Global da ONU, a COPASA MG busca implementar melhorias nas suas unidades operacionais, visando fomentar o desenvolvimento sustentável para assegurar a melhoria contínua, a universalização dos serviços de água e esgoto na sua área de atuação e o atendimento ao arcabouço legal e regulatório.

Na busca de uma parceria para o desenvolvimento de um Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PD&I, a COPASA MG conheceu a empresa de serviços ambientais, a Transplantar Tree, e juntas desenvolveram o Projeto de PD&I Compost Tree.

O sistema denominado Compost Tree se dá por meio de uma adaptação ao sistema de confinamento denominado Compost Barn(*). Este sistema consiste em um galpão coberto, piso cimentado recoberto por uma cama de material orgânico, no geral palhas de diversas procedências ou serragem de madeira, em um espaço coletivo para o manejo, circulação, descanso, alimentação e dessedentação dos animais. Nesta cama são depositados os dejetos e urina dos animais, que entram em processo de compostagem ao longo do tempo. Em alguns locais faz-se necessário a implantação de sistema de ventilação para amenizar o calor produzido pela compostagem das camas e dos animais. A ideia deste sistema é proporcionar maior conforto, saúde, proteção e bem-estar a vacas leiteiras, visando o aumento da produtividade de leite. No sistema CT as vacas leiteiras foram substituídas por vacas matrizes, pois o seu objetivo principal é a compostagem. A cama é constituída de galhos e folhas triturados (Fotos 1 e 2), provenientes da poda urbana realizada pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), além de alterações na estrutura do galpão, para melhor ventilação, alimentação e dessedentação animal.

(*)Sistema criado por produtores norte-americanos, chegando ao Brasil em 2001.Com o passar do tempo aumentou-se o número de adeptos ao sistema, havendo relatos de sua adoção em diversos países, entre eles Estados Unidos, especialmente no Centro-Oeste e Nordeste, Japão, China, Alemanha, Itália, Holanda, Israel, Dinamarca e, no Brasil (DAMASCENO, 2012). Ele apresenta menor custo inicial de construção, comparado a outros sistemas confinados (PEREIRA et al., 2014), e proporciona resultados iguais ou superiores aos demais, aliados a fatores de melhor conforto e bem-estar animal.

O processo se divide basicamente em duas etapas, sendo a primeira etapa da compostagem realizada com a cama de matéria orgânica que recobre o piso do galpão, formada pela matéria verde e parte lenhosa e fibrosa das podas urbanas (Foto 3). Esta base é enriquecida com os dejetos e urina dos bovinos (Foto 4), os quais são incorporados à cama por meio de revolvimento mecânico. Isto promove a incorporação de oxigênio ao meio e favorece o processo de degradação aeróbia do material. Tem-se assim a associação de uma fonte de carbono (material da cama) com a matéria orgânica rica em nitrogênio (folhas, fezes e urina) e oxigênio (revolvimento), levando à primeira etapa da compostagem do material, além de promover uma superfície seca e confortável para os animais deitarem e se locomoverem.

Na segunda etapa o material pré-compostado (por volta de 30 dias) é levado ao pátio de compostagem. Em seguida, o lodo de ETE higienizado (Foto 5), já transformado em biossólido, é inoculado (Foto 6).

Leiras triangulares são formadas com esta mistura, seguindo-se o seu revolvimento, utilizando-se de pá carregadeira (Foto 7). Essa operação garante a aeração do material, o controle da temperatura (Foto 8) na fase termofílica (de 50 a 80 ºC) e da umidade, evitando-se odores indesejáveis e a proliferação de insetos. Ao final, tem-se a estabilização do material compostado por meio da sua humificação.

O produto final, fertilizante orgânico composto classe B (Fotos 9 e 10), após a sua compostagem completa, foi devidamente coletado (Fotos 11 e 12) e caracterizado através de análises laboratoriais físico-químicas e microbiológicas. Foram analisados os parâmetros exigidos pelas Instruções Normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Todos os parâmetros analisados atenderam às Instruções Normativas do MAPA, tanto parâmetros microbiológicos, contaminantes, macro e micronutrientes. Resultado favorável para a produção e utilização do fertilizante orgânico produzido pelo sistema Compost Tree.

OBS: As fotos podem ser visualizadas em https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=Eey5b1

Relevância para o Negócio:

A utilização do lodo de ETEs da COPASA MG para a produção de fertilizante orgânico composto classe B, através do sistema Compost Tree, além de ser um trabalho pioneiro, é também uma alternativa de destinação ambientalmente adequada, se enquadrando nos princípios de reciclagem, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), com as regras sobre os fertilizantes orgânicos destinados à agricultura (IN MAPA 61/2020) e com a Agenda ESG da Companhia.

A transformação do lodo de esgoto em fertilizante orgânico é um processo inserido no contexto da sustentabilidade, proporcionando a valorização desse subproduto gerado nas ETEs, que atualmente é disposto em aterro sanitário, proporcionando assim benefícios ambientais.

O projeto é inovador e permitirá a implantação e consolidação da aplicação do lodo de esgoto na produção de fertilizantes orgânicos em escala real, além de fomentar a economia circular, de encontro com a sustentabilidade.

É importante ressaltar que o uso de lodo de esgoto como fertilizante orgânico deve seguir regulamentações e legislações específicas para garantir sua segurança e efetividade. Além disso, é recomendado que sejam realizados testes de solo e análises laboratoriais para determinar a quantidade e a composição do lodo de esgoto a ser utilizado, garantindo assim sua eficácia como fertilizante e a saúde das plantas.

Em resumo, o lodo de esgoto pode ser uma fonte rica de nutrientes para o solo e para as plantas, desde que seja tratado e manuseado de forma adequada e seguindo as regulamentações e legislações específicas.

Aspectos Inovadores Relacionados a Prática:

A disposição final do lodo de esgoto mais utilizada no Brasil é o aterro sanitário. Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, milhares de toneladas de lodo de esgoto por mês são encaminhadas para os aterros sanitários.

O sistema Compost Tree, ao promover a sustentabilidade e a economia circular na pecuária e na agricultura, introduz uma série de inovações. Dentre elas, a transformação dos resíduos orgânicos provenientes de podas urbanas e do lodo de esgoto em recursos valiosos para a agricultura, fechando o ciclo de nutrientes e reduzindo a dependência de fertilizantes químicos. Além disso, a prática promove o bem-estar animal, ao proporcionar um ambiente confortável e higiênico para os bovinos. A compostagem controlada minimiza a geração de odores indesejáveis e a proliferação de insetos, contribuindo assim para um ambiente mais saudável, tanto para os animais quanto para os trabalhadores.

Em termos de sustentabilidade, o sistema Compost Tree (Figura 1 – fluxograma do sistema Compost Tree) representa uma solução ambientalmente responsável, reduzindo o impacto negativo dos resíduos orgânicos e promovendo a reutilização eficiente dos recursos. A prática de revolver a cama orgânica para incorporar dejetos e urina, e já no pátio de compostagem, a inoculação do biossólido, exemplifica um modelo de economia circular, onde os resíduos são continuamente reciclados e reintegrados ao sistema produtivo. Este sistema, além de melhorar a saúde do solo, contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ao reduzir a emissão de gases de efeito estufa associados ao manejo inadequado de resíduos orgânicos.

O sistema Compost Tree se destaca como uma prática inovadora que integra princípios de sustentabilidade e economia circular, transformando resíduos em recursos, melhorando o bem-estar animal e contribuindo para uma agricultura mais sustentável e eficiente.

Cabe ressaltar que os primeiros resultados do Projeto PD&I Compost Tree foi selecionado e apresentado no 32º CBESA – Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em maio/2022.

OBS: Artigo disponível no link: https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=BUtVu5

Ressalta-se ainda que os novos resultados do Projeto PD&I Compost Tree serão apresentados no evento internacional 21º SILUBESA – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em agosto/2024.

OBS: A Figura 1 pode ser visualizada em https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=Eey5b1

Contribuição da Prática para o Desempenho da Empresa:

O lodo de esgoto é o subproduto gerado nas Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs. Por ser uma fonte rica em nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, o lodo de esgoto pode ser utilizado como fertilizante orgânico em áreas agrícolas, desde que seja tratado e manuseado de forma adequada, visando garantir a segurança ambiental e de saúde pública.

O processo de tratamento do lodo de esgoto envolve a remoção de contaminantes como por exemplo, patógenos e metais pesados. O uso de lodo de esgoto como fertilizante orgânico tem sido uma prática comum em muitas partes do mundo. Para tal uso, o lodo de esgoto deve seguir regulamentações e legislações específicas para garantir sua segurança e efetividade. Além disso, recomenda-se que sejam realizadas análises laboratoriais para determinar a quantidade e a composição do lodo de esgoto a ser utilizado, garantindo assim sua eficácia como fertilizante e a saúde das plantas.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG opera mais de 230 (duzentas e trinta) ETEs, que devem cumprir os padrões de lançamento de efluentes e demais requisitos da legislação ambiental e ainda, atender às normas e regulamentos referentes à prestação de serviço de esgotamento sanitário.

A disposição final do lodo de esgoto vem se caracterizando como um desafio para a COPASA MG e demais operadoras de sistemas de esgotamento sanitário. O aumento do número de ETEs causa um incremento da produção de lodos de esgotos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH produz aproximadamente 250 toneladas de lodo desidratado por dia. Na ETE Arrudas, a maior ETE de Minas Gerais, são geradas, em média, 2.100 toneladas de lodo de esgoto por mês. Atualmente, as principais alternativas de tratamento e disposição final de lodos de esgoto são: disposição em aterros sanitários, aterros industriais, incineração, recuperação de áreas degradadas, uso como fertilizante, reflorestamento e landfarming. A destinação final utilizada pela COPASA MG dos lodos gerados em suas ETEs é o aterro sanitário.

Em consonância com o Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020) e o Pacto Global da ONU, a COPASA MG busca implementar melhorias nas suas unidades operacionais, visando fomentar o desenvolvimento sustentável para assegurar a melhoria contínua, a universalização dos serviços de água e esgoto na sua área de atuação e o atendimento ao arcabouço legal e regulatório.

Na busca de uma parceria para o desenvolvimento de um Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PD&I, a COPASA MG conheceu a empresa de serviços ambientais, a Transplantar Tree, e juntas desenvolveram o Projeto de PD&I Compost Tree.

O sistema denominado Compost Tree se dá por meio de uma adaptação ao sistema de confinamento denominado Compost Barn(*). Este sistema consiste em um galpão coberto, piso cimentado recoberto por uma cama de material orgânico, no geral palhas de diversas procedências ou serragem de madeira, em um espaço coletivo para o manejo, circulação, descanso, alimentação e dessedentação dos animais. Nesta cama são depositados os dejetos e urina dos animais, que entram em processo de compostagem ao longo do tempo. Em alguns locais faz-se necessário a implantação de sistema de ventilação para amenizar o calor produzido pela compostagem das camas e dos animais. A ideia deste sistema é proporcionar maior conforto, saúde, proteção e bem-estar a vacas leiteiras, visando o aumento da produtividade de leite. No sistema CT as vacas leiteiras foram substituídas por vacas matrizes, pois o seu objetivo principal é a compostagem. A cama é constituída de galhos e folhas triturados (Fotos 1 e 2), provenientes da poda urbana realizada pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), além de alterações na estrutura do galpão, para melhor ventilação, alimentação e dessedentação animal.

(*)Sistema criado por produtores norte-americanos, chegando ao Brasil em 2001.Com o passar do tempo aumentou-se o número de adeptos ao sistema, havendo relatos de sua adoção em diversos países, entre eles Estados Unidos, especialmente no Centro-Oeste e Nordeste, Japão, China, Alemanha, Itália, Holanda, Israel, Dinamarca e, no Brasil (DAMASCENO, 2012). Ele apresenta menor custo inicial de construção, comparado a outros sistemas confinados (PEREIRA et al., 2014), e proporciona resultados iguais ou superiores aos demais, aliados a fatores de melhor conforto e bem-estar animal.

O processo se divide basicamente em duas etapas, sendo a primeira etapa da compostagem realizada com a cama de matéria orgânica que recobre o piso do galpão, formada pela matéria verde e parte lenhosa e fibrosa das podas urbanas (Foto 3). Esta base é enriquecida com os dejetos e urina dos bovinos (Foto 4), os quais são incorporados à cama por meio de revolvimento mecânico. Isto promove a incorporação de oxigênio ao meio e favorece o processo de degradação aeróbia do material. Tem-se assim a associação de uma fonte de carbono (material da cama) com a matéria orgânica rica em nitrogênio (folhas, fezes e urina) e oxigênio (revolvimento), levando à primeira etapa da compostagem do material, além de promover uma superfície seca e confortável para os animais deitarem e se locomoverem.

Na segunda etapa o material pré-compostado (por volta de 30 dias) é levado ao pátio de compostagem. Em seguida, o lodo de ETE higienizado (Foto 5), já transformado em biossólido, é inoculado (Foto 6).

Leiras triangulares são formadas com esta mistura, seguindo-se o seu revolvimento, utilizando-se de pá carregadeira (Foto 7). Essa operação garante a aeração do material, o controle da temperatura (Foto 8) na fase termofílica (de 50 a 80 ºC) e da umidade, evitando-se odores indesejáveis e a proliferação de insetos. Ao final, tem-se a estabilização do material compostado por meio da sua humificação.

O produto final, fertilizante orgânico composto classe B (Fotos 9 e 10), após a sua compostagem completa, foi devidamente coletado (Fotos 11 e 12) e caracterizado através de análises laboratoriais físico-químicas e microbiológicas. Foram analisados os parâmetros exigidos pelas Instruções Normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Todos os parâmetros analisados atenderam às Instruções Normativas do MAPA, tanto parâmetros microbiológicos, contaminantes, macro e micronutrientes. Resultado favorável para a produção e utilização do fertilizante orgânico produzido pelo sistema Compost Tree.

OBS: As fotos podem ser visualizadas em https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=Eey5b1

Resultados Sociais e Ambientais Obtidos com a Prática:

O sistema Compost Tree é uma prática que oferece benefícios socias e ambientais significativos, como a reciclagem de “resíduos”, a redução de emissão de gases de efeito estufa, o desenvolvimento social e econômico das comunidades, dentre outros.

Resultados Ambientais
• Redução de Resíduos Orgânicos em Aterros Sanitários
O Compost Tree contribui com a redução da matéria orgânica destinada aos aterros sanitários. Ao transformar podas urbanas e lodo de esgoto em fertilizante orgânico, diminui-se a emissão de gases de efeito estufa, como por exemplo, metano, que seriam liberados durante a decomposição anaeróbica desses resíduos em aterros.

• Melhoria da Saúde do Solo
O fertilizante orgânico produzido pelo sistema Compost Tree é rico em nutrientes, o que melhora a estrutura e a fertilidade do solo. Isso resulta em solos mais saudáveis e produtivos, que são capazes de reter mais água e nutrientes, promovendo um crescimento vegetal mais robusto e resistente a doenças e pragas.

• Aumento da Biodiversidade
O plantio de mudas utilizando o fertilizante orgânico produzido no sistema Compost Tree tem como propósito, a recuperação de nascentes e de áreas degradadas. Consequentemente, tem-se um habitat com uma variedade de espécies de flora e fauna, aumentando a biodiversidade local e contribuindo para a conservação dos ecossistemas.

• Sequestro de Carbono
O sistema Compost Tree representa uma solução eficaz e integrada para a redução dos gases de efeito estufa, combinando os benefícios da compostagem e do reflorestamento. Ao transformar resíduos orgânicos em composto e utilizá-lo para promover o crescimento de árvores, este método contribui significativamente para a captura de CO₂, a melhoria da qualidade do solo e a promoção de práticas sustentáveis, desempenhando um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na promoção da saúde ambiental a longo prazo.

As toneladas de podas urbanas e de lodo de esgoto que deixam de ser dispostas nos aterros sanitários e as árvores plantadas utilizando o fertilizante orgânico produzido no sistema Compost Tree colaboram para a redução das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo assim para mitigação das mudanças climáticas. Além disso, o sistema Compost Tree promove a economia circular, onde os resíduos são transformados em recursos valiosos, fechando o ciclo de nutrientes de forma sustentável.

Resultados Sociais
• Fortalecimento da Comunidade
A implementação do sistema Compost Tree envolve a participação ativa da comunidade local. Isso promove a cooperação e o engajamento comunitário, fortalecendo os laços sociais e criando um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada.

• Educação e Conscientização Ambiental
A transformação de “resíduos” (podas urbanas e lodo de esgoto) em um novo produto (fertilizante orgânico) é uma ferramenta educativa capaz de fomentar a conscientização sobre a importância da gestão adequada de resíduos e da agricultura sustentável.

• Geração de Renda e Segurança Alimentar
A produção de composto de alta qualidade pode ser utilizada na agricultura local, melhorando a produtividade das colheitas e, consequentemente, a segurança alimentar.

• Saúde e Bem-Estar
Comunidades envolvidas no Compost Tree têm acesso a alimentos mais saudáveis, livres de produtos químicos. A melhoria da qualidade do solo também reduz a necessidade de insumos químicos, promovendo um ambiente mais saudável.

Gestão da Prática Relatada:

A alta administração tem um papel fundamental no êxito de soluções como o Projeto PD&I Compost Tree, impactando positivamente em uma mudança de cultura, com uma visão orientada para a inovação e qualificação da mão-de-obra envolvida, além do estabelecimento da credibilidade e a devida comunicação junto à população, relativa à segurança do produto oferecido, indo de encontro com a Agenda ESG da Companhia.

Os líderes da Companhia e dos parceiros estão sempre presentes nos eventos, apoiando o Projeto PD&I Compost Tree, como por exemplo, os eventos de lançamento do projeto (Fotos 13 e 14), a entrega dos primeiros resultados (Fotos 15 e 16), a participação do Projeto PD&I Compost Tree na Mostra de Sustentabilidade da Companhia (Fotos 17 a 19). Além dos eventos citados, são realizadas reuniões periódicas e visitas técnicas para acompanhamento e monitoramento do projeto, com a participação da liderança, criando assim uma integração de todos os envolvidos. A integração do envolvimento da liderança com a gestão das ações envolvidas fomenta a credibilidade do projeto.

OBS: As fotos podem ser visualizadas em https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=Eey5b1

Possibilidade de Disseminação ou Replicação:

Considerando o art. 2º, inciso IV, do Decreto Federal nº 10.991, de 11 de março de 2022, que institui o Plano Nacional de Fertilizantes – PNF 2022-2050 e o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas:

“a ampliação dos investimentos nas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação e no aperfeiçoamento da cadeia de produção e distribuição de fertilizantes e insumos para nutrição de plantas do País;”

E o art. 3º, inciso XI,

“estimular o ambiente de inovação para produtos e tecnologias, com vistas ao desenvolvimento de novas fontes de insumos para nutrição de plantas, de maneira competitiva e sustentável” ,

Entende-se que o Projeto PD&I Compost Tree encontra-se integrado com os objetivos estratégicos do PNF 2022 – 2050, dentre eles:

– estimular a capacitação de recursos humanos para atuar nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, visando a nutrição das plantas;
– estimular a adoção de boas práticas de produção de fertilizantes e na exploração sustentável do ecossistema;
– estimular a divulgação ampla dos conceitos científicos do PNF 2022-2050, a fim de promover a oferta sustentável e competitiva de fertilizantes e insumos para nutrição de plantas;
– estimular o ambiente de inovação para produtos e tecnologias, com vistas ao desenvolvimento de novas fontes de insumos para nutrição de plantas, de maneira competitiva e sustentável; e
– avaliar os cenários internacionais de exploração mineral, de oferta de matéria-prima e de fertilizantes acabados, com vistas à integração da produção brasileira no mercado global.

Além do alinhamento com a PNF 2022-2025, torna-se crucial destacar a estreita relação entre o Projeto PD&I Compost Tree e a Agenda ESG da COPASA MG e das instituições parceiras. Onde a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa ocupam lugar central nas expectativas dos investidores, consumidores e reguladores, a Companhia tem a oportunidade de se destacar e fortalecer sua posição no mercado.

Os projetos de PD&I mostram, não só o compromisso das empresas com a preservação do meio ambiente e o bem-estar social, mas também geram valor a longo prazo, impulsionando a competitividade e a resiliência do negócio.

O Projeto PD&I Compost Tree iniciou a sua disseminação com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no jardim botânico da Fundação de Parques Municipais e Zôobotânica (FPMZB). A produção de mudas (Fotos 20 e 21) de cagaita, quaresmeira e ipê branco está a todo vapor, através de um convênio de parceria entre a COPASA MG, a TRANSPLANTAR TREE e a FPMZB.

Os membros do Comitê de Bacia Hidrográfica – CBH Rio das Velhas visitaram a Usina de Compostagem da Transplantar Tree (Foto 22) para conhecerem o Projeto de PD&I Compost Tree. Mais uma parceria para a utilização e disseminação do fertilizante orgânico.

A produção de fertilizantes orgânicos no Brasil ganha uma importância estratégica, especialmente em meio à guerra na Ucrânia, um grande produtor global de fertilizantes químicos. A dependência excessiva de importações desses insumos químicos coloca o país em uma posição vulnerável diante de flutuações de mercado e crises geopolíticas. Investir na produção nacional de fertilizantes orgânicos não apenas reduziria essa dependência, mas também promoveria práticas agrícolas mais sustentáveis e amigáveis ao meio ambiente, além de fortalecer a autonomia econômica do Brasil no setor agrícola.

Ao alinhar essas iniciativas com os princípios da Agenda ESG, a COPASA MG e as instituições parceiras não só atendem às expectativas do mercado, mas também contribuem para a construção de um futuro mais promissor para toda a sociedade.

Destaca-se a relevância do impacto deste projeto, transformando o resíduo em novo produto, evitando a extração de novas matérias, assim como os impactos associados ao descarte dos resíduos.

A utilização de podas urbanas e do lodo de ETEs para a produção de Fertilizante Orgânico Composto Classe B utilizando do Sistema Compost Tree, além de ser um trabalho pioneiro, é também uma alternativa de destinação ambientalmente adequada, se enquadrando nos princípios de reciclagem, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e nas regras sobre os fertilizantes orgânicos destinados à agricultura (IN MAPA 61/2020).

O uso do Fertilizante Orgânico Classe B na adubação do solo e recuperação de nascentes e áreas degradadas fomenta a geração de emprego e renda, otimiza custos no tratamento do esgoto, soluciona o tratamento e estabilização dos resíduos orgânicos, gera economia no transporte para sua destinação final, reduz a dependência de fertilizantes químicos, o que gera impacto positivo quanto à minimização da poluição do solo, da contaminação do lençol freático e das águas superficiais, sendo também uma contribuição para as questões relacionadas às mudanças climáticas, uma vez que passa pelo desenvolvimento sustentável das cidades.

Os eventos e as visitas técnicas envolvendo a participação da sociedade fomentam a disseminação do projeto e a aceitação do novo produto.

O projeto se apresenta como uma retomada da economia verde no Brasil, além de criar uma oportunidade para o setor empresarial se engajar no comércio global de emissões de carbono e na valorização dos resíduos orgânicos.

OBS: As fotos podem ser visualizadas em https://copasa-my.sharepoint.com/:f:/g/personal/24838_copasa_com_br/EpzBMmye2V9LgBK78ZZfvawBDfpSPF06Lkpk1vaPebzrjg?e=Eey5b1