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“No Brasil, 90% do lixo é coletado, e somente 3% do resíduo reciclável é realmente reciclado. Você já ouviu falar que o vidro é infinitamente reciclável?
É verdade, mas para realizar sua reciclagem é necessário contar com estrutura. E engajar a cadeia de reciclagem, remunerando organizações de catadores para coletar esse tipo de resíduo. Em Manaus, a reciclagem do vidro passou de 0 a 800 toneladas. Isso foi possível a partir de Hubs logísticos e por meio dos incentivos gerados com os créditos de reciclagem realizados pela eureciclo.
Para viabilizar a estruturação de cadeias de reciclagem de vidro, a eureciclo desenvolveu a sua própria metodologia, a abordagem eureciclo de estruturação de cadeias de reciclagem de vidro, que nasceu diante das dificuldades relatadas por muitos de nossos operadores de reciclagem em se trabalhar com o vidro.
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“A eureciclo desenvolve um projeto de estruturação da cadeia do vidro que começou no Mato Grosso do Sul, em 2021, e foi ampliado em 2022. Hoje, ele também está presente no Amazonas, em Rondônia e na Bahia e neste ano outros estados devem ser contemplados. Até o momento, já foram investidos mais de R$3 milhões na ação.
Com incentivo dos créditos de reciclagem, já foi possível aumentar a capacidade de triagem e reciclagem do vidro no país. Os créditos promoveram aumento de 191% de reciclagem do material entre os anos de 2021 e 2022.
Junto a estes pontos, soma-se o fato de a indústria vidreira estar concentrada no Sul e Sudeste (principalmente em PR, SP e MG) e contar com apenas duas grandes unidades no nordeste (PE e SE). Isso quer dizer que grande parte do vidro gerado no Brasil precisa percorrer uma distância grande para ser reciclada e reinserida no ciclo produtivo. Para ilustrar, trazemos um exemplo: uma carga de Manaus teria que percorrer mais de 4,5 mil km até Sergipe. Como o custo do transporte gira em torno de R$800 por tonelada e o valor de venda do material fica entre R$150 a R$200 pela mesma quantidade, o processo acaba se tornando economicamente inviável.
Vale destacar que o custo-benefício da reciclagem do vidro só se torna viável no modelo de créditos de reciclagem, pois sem este incentivo ainda não seria possível cobrir os custos logísticos, de processamento e de coleta. O modelo funciona porque os Hubs remuneram o serviço ambiental de cooperativas e operadores de triagem com um valor extra, além do preço de venda do material, por meio do investimento de empresas que comercializam as embalagens pós-consumo e adquirem os certificados de reciclagem. Dessa forma, há um aumento da renda dos profissionais, gerando incentivos econômicos para a reciclagem no Brasil.
Considerando os quatro estados que já receberam o projeto (MS, AM, RO e BA), 18 cooperativas e operadores privados participam com a tiragem do material e o espaço de armazenamento (hub). Ao todo, 8.400 toneladas de vidro foram recicladas e retornaram à cadeia produtiva desde o início e a expectativa é que o volume seja de aproximadamente 6.000 em 2023. A capacidade de triagem e reaproveitamento dos resíduos cresceu mais de 440%.
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Outro desafio da estruturação de cadeia de reciclagem de vidro é a concentração de indústrias transformadoras em poucas regiões do país, o que aumenta o custo de transporte e torna a prática economicamente inviável.
Nesse sentido, foi necessário incorporar conceitos logísticos para otimização de cargas. Ou seja, para viabilizar a metodologia, foi necessário definir que operadores de reciclagem assumissem o papel de Hub, um ponto localizado estrategicamente para atender a indústria recicladora, aumentando o volume do material e reduzindo a complexidade das operações logísticas.
Assim, os atores que compõem a estruturação das cadeias de reciclagem de vidro organizam-se em 3 categorias, as quais se conectam para viabilizar a logística reversa do material:
(1) Rede de operadores: são as organizações de catadores e os gestores de resíduos homologados na eureciclo que coletam o vidro pós consumo descartado por estabelecimentos comerciais e domicílios.
(2) Hub: são operadores homologados na eureciclo que assumem o papel estratégico de aumentar o volume de vidro acondicionado e reduzir a complexidade das operações logísticas para conexão com a indústria.
(3) Indústria recicladora: são os atores da cadeia responsáveis por processar o vidro e transformá-lo em um novo produto a ser reinserido na cadeia produtiva.
Se vencermos os desafios, esse pode ser um dos resíduos de mais sucesso e eficiência na cadeia de reciclagem e economia circular. E estes são alguns dos motivos pelos quais a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu 2022 como o ano do vidro. A decisão foi obtida por meio de uma solicitação da Community of Glass Associations (CGA – Comunidade de Associações Vidreiras), International Commission on Glass (ICG – Comissão Internacional do Vidro) e o International Committee for Museums and Collections of Glass (ICOM-Glass – Comitê Internacional de Museus e Coleções de Vidro). O intuito de 2022 ser o ano do vidro é justamente para destacar a importância tecnológica, econômica, científica e cultural do vidro. Como o material é composto de matérias-primas naturais, em sua maioria, como areia e calcário, o vidro pode ser reciclado infinitas vezes. Afinal, esse material com um potencial incrível de reuso, se disposto incorretamente no meio ambiente, pode demorar até cerca de 4 a 5 mil anos para se decompor.
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“No Brasil, 90% do lixo é coletado, e somente 3% do resíduo reciclável é realmente reciclado. Você já ouviu falar que o vidro é infinitamente reciclável?
É verdade, mas para realizar sua reciclagem é necessário contar com estrutura. E engajar a cadeia de reciclagem, remunerando organizações de catadores para coletar esse tipo de resíduo. Em Manaus, a reciclagem do vidro passou de 0 a 800 toneladas. Isso foi possível a partir de Hubs logísticos e por meio dos incentivos gerados com os créditos de reciclagem realizados pela eureciclo.
Para viabilizar a estruturação de cadeias de reciclagem de vidro, a eureciclo desenvolveu a sua própria metodologia, a abordagem eureciclo de estruturação de cadeias de reciclagem de vidro, que nasceu diante das dificuldades relatadas por muitos de nossos operadores de reciclagem em se trabalhar com o vidro.
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“A eureciclo desenvolveu uma uma metodologia própria, que leva em
consideração questões logísticas para otimizar as cargas. Definimos os
operadores mais adequados de cada região para que assumam um papel de
Hub, espaço localizado estrategicamente para atender à indústria,
aumentando o volume dos resíduos e reduzindo a complexidade de toda a
operação.
● Com esse método, conseguimos rastrear o volume que operadores e
cooperativas encaminham para o Hub, que, por sua vez, direciona o material
para a indústria recicladora.
● Vale destacar que o custo-benefício da reciclagem do vidro em determinadas
regiões do Brasil só se torna viável no modelo de créditos de reciclagem, pois
sem este incentivo ainda não seria possível cobrir os custos logísticos, de
processamento e de coleta.
● O modelo funciona porque os Hubs remuneram o serviço ambiental de
cooperativas e operadores de triagem com um valor extra, além do preço de
venda do material, por meio do investimento de empresas que comercializam
as embalagens pós-consumo e adquirem os certificados de reciclagem. Dessa
forma, há um aumento da renda dos profissionais, gerando incentivos
econômicos para a reciclagem no Brasil.
Quem utiliza?
● Considerando o Amazonas, oito cooperativas e operadores privados
participam com a tiragem do material e o espaço de armazenamento (Hub). A
capacidade de triagem e reaproveitamento dos resíduos cresceu mais de
100% desde o início do projeto.
● Para se ter uma ideia, no início de 2020, apenas 19 cooperativas e operadores
privados homologados no sistema da startup trabalhavam com vidro e
atualmente já são mais de 100, em grande parte graças ao incentivo
promovido pelo projeto.”
“O projeto de estruturação da cadeia do vidro começou no Mato Grosso do Sul, em 2021, e foi ampliado em 2022. Hoje, ele também está presente no Amazonas, em Rondônia e na Bahia e neste ano outros estados devem ser contemplados. Até o momento, já foram investidos mais de R$3 milhões na ação .Com incentivo dos créditos de reciclagem, já foi possível aumentar a capacidade de triagem e reciclagem do vidro no país. Os créditos promoveram aumento de 191% de reciclagem do material entre os anos de 2021 e 2022.
Junto a estes pontos, soma-se o fato de a indústria vidreira estar concentrada no Sul e Sudeste (principalmente em PR, SP e MG) e contar com apenas duas grandes unidades no nordeste (PE e SE). Isso quer dizer que grande parte do vidro gerado no Brasil precisa percorrer uma distância grande para ser reciclada e reinserida no ciclo produtivo. Para ilustrar, trazemos um exemplo: uma carga de Manaus teria que percorrer mais de 4,5 mil km até Sergipe. Como o custo do transporte gira em torno de R$800 por tonelada e o valor de venda do material fica entre R$150 a R$200 pela mesma quantidade, o processo acaba se tornando economicamente inviável.
A iniciativa surgiu após ouvirmos das centrais de triagem parceiras, que já são mais de 300 espalhadas por todo o país, os principais desafios enfrentados: 1. baixo valor comercial do material, em média R$0,30 por kg; 2. risco à saúde dos profissionais, já que o resíduo costuma chegar quebrado; 3. ausência de equipamentos próprios para trituração; 4. ausência de equipamentos logísticos para o transporte.
Vale destacar que o custo-benefício da reciclagem do vidro só se torna viável no modelo de créditos de reciclagem, pois sem este incentivo ainda não seria possível cobrir os custos logísticos, de processamento e de coleta. O modelo funciona porque os Hubs remuneram o serviço ambiental de cooperativas e operadores de triagem com um valor extra, além do preço de venda do material, por meio do investimento de empresas que comercializam as embalagens pós-consumo e adquirem os certificados de reciclagem. Dessa forma, há um aumento da renda dos profissionais, gerando incentivos econômicos para a reciclagem no Brasil.
Considerando os 4 estados que já receberam o projeto (MS, AM, RO e BA), 18 cooperativas e operadores privados participam com a tiragem do material e o espaço de armazenamento (hub). Ao todo, 8.400 toneladas de vidro foram recicladas e retornaram à cadeia produtiva desde o início e a expectativa é que o volume seja de aproximadamente 6.000 em 2023.”