CPFL ENERGIA S.A.
Para garantir energia elétrica de maneira ininterrupta a residências, escolas, hospitais, indústrias, comércios e outros estabelecimentos, as empresas distribuidoras constroem e mantêm extensas redes elétricas que perpassam ambientes urbanos e rurais.
A CPFL Energia, organização com 111 anos de história, conta com quatro empresas de distribuição – CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE –, que, juntas, possuem 343 mil quilômetros de linhas de distribuição de energia e abastecem cerca de 10,5 milhões de clientes em suas áreas de concessão, respectivamente nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A CPFL Paulista é a maior distribuidora do Grupo CPFL, atendendo 4,9 milhões de consumidores em 234 municípios do estado de São Paulo, incluindo grandes cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. Ao todo, a empresa opera uma rede de distribuição com mais de 133 mil quilômetros de extensão, além de 281 subestações, que transformam a energia de alta para média tensão.
Reduzir as interferências externas capazes de afetar o perfeito funcionamento das redes elétricas é um dos grandes desafios operacionais das distribuidoras de energia. Em áreas rurais (já antropizadas ou com vegetação nativa), os incêndios, que acontecem com mais frequência nos períodos mais secos do ano e muitas vezes estão ligados a intervenções humanas indevidas, como o descarte de bitucas de cigarro ou fósforos e a realização de queimadas para a limpeza de terrenos e a destruição de lixo doméstico, representam um perigo efetivo que precisa ser permanentemente gerenciado. Quando ocorre um incêndio, as chamas não precisam alcançar os cabos aéreos da rede para que eles sejam desligados, apenas o calor do fogo é suficiente para ocasionar curtos-circuitos, romper os fios e interromper o fornecimento de energia. Além de representar riscos para a saúde e a segurança das pessoas e prejudicar o seu bem-estar, os incêndios comprometem a biodiversidade, com impactos negativos para a fauna e flora locais, especialmente em áreas de alto valor ambiental, caso das Unidades de Conservação (UCs) e Áreas Protegidas.
Para minimizar esse cenário em sua área de concessão, que ultrapassa os 90 mil km2, a CPFL Paulista estruturou um projeto de prevenção de incêndios em Áreas Protegidas, com foco em 11 reservas ambientais por onde as linhas de distribuição de energia da empresa passavam. Vale destacar que grande parte da rede elétrica da distribuidora foi construída há várias décadas, quando a agenda ambiental não tinha a relevância que tem hoje e não havia o claro entendimento sobre os impactos negativos que poderiam ser causados à biodiversidade. Com ações sistêmicas e interligadas, o projeto incluiu a retirada de trechos das redes elétricas que atravessavam essas reservas, a modernização das linhas de distribuição, a intensificação das atividades de manutenção preventiva, além do monitoramento dos incêndios e da sensibilização dos órgãos ambientais responsáveis pela gestão das áreas e da população. Os remanejamentos e modernizações alcançaram 41,7 quilômetros nas 11 Áreas Protegidas.
Os impactos positivos do projeto são diversos: para o meio ambiente, para as comunidades e clientes da CPFL Paulista que vivem próximos às áreas contempladas e para a própria empresa. Além de contribuir para preservar a biodiversidade como um todo, uma vez que a alteração no traçado das linhas de distribuição diminui a interferência humana nessas áreas de alto valor ambiental, o projeto está possibilitando a regeneração da vegetação nas faixas de segurança e aceiros que antes precisavam ser suprimidos para aumentar a proteção das redes elétricas. Somadas, essas faixas de segurança chegam a 61,5 hectares, área que equivale a aproximadamente 86 campos de futebol. Desse modo, corredores ecológicos estão se formando, reconectando fragmentos florestais anteriormente separados, facilitando a circulação da fauna local e a dispersão de sementes de plantas, minimizando o isolamento de diversas espécies e contribuindo até para evitar a sua extinção.
O projeto ainda mantém uma frente de comunicação e sensibilização da população, que contribui para a conscientização das pessoas sobre comportamentos de risco que podem ocasionar incêndios e para a mudança de hábitos. Essa frente de comunicação está integrada ao programa Guardião da Vida, realizado nas áreas de concessão das quatro distribuidoras da CPFL Energia para chamar a atenção da população sobre o contato indevido com a rede elétrica, cujos conteúdos alcançam milhões de pessoas todos os anos.
O reposicionamento das linhas de distribuição em áreas de mais fácil acesso também está tornando mais ágil o trabalho das equipes técnicas da CPFL Paulista no atendimento aos eventuais problemas na rede elétrica, minimizando os eventuais transtornos e prejuízos aos clientes e melhorando a satisfação das pessoas com os serviços prestados pela empresa. A iniciativa ainda repercute positivamente para a imagem e a reputação da CPFL Paulista e reforça o relacionamento com os órgãos ambientais gestores das Áreas Protegidas.
O projeto começou a ser desenhado em 2020, ano em que, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, houve 277 incêndios florestais em Áreas Protegidas no estado, que atingiram 21,9 mil hectares (cerca de 12,5 mil hectares no interior dessas áreas e 9,4 mil hectares em seu entorno). Para fins de comparação, foram registrados 250 incêndios em territórios protegidos em 2021, 111 em 2022 e 158 em 2023.
Em 2021, a CPFL Paulista conduziu um mapeamento que identificou 25 Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Áreas de Preservação Permanente na zona de concessão da empresa, das quais 11 contavam com redes de distribuição de energia dentro ou muito próximas às áreas e foram beneficiadas com a retirada, realocação e modernização das redes elétricas. São elas:
1. Parque Natural Municipal Grota, no município de Mirassol.
2. Estação Ecológica, na cidade de Ribeirão Preto.
3. Estação Ecológica Jataí, no município de Luiz Antônio.
4. Parque Estadual Furnas do Bom Jesus, na cidade de Pedregulho.
5. Estação Ecológica, no município de Valinhos.
6. Terra Indígena Icatu, na cidade de Braúna.
7. Terra Indígena Araribá, no município de Avaí.
8. Estação Ecológica Estadual, na cidade de Marília.
9. Floresta Estadual, no município de Pederneiras.
10. Floresta Estadual, na cidade de Batatais.
11. Estação Ecológica, no município de Bauru.
Nas cinco primeiras, as obras foram iniciadas em 2022; nas seis últimas, as obras aconteceram em 2023. Com um investimento que totalizou R$ 6,3 milhões, todas as adequações previstas pelo projeto já haviam sido concluídas no início de 2024.
A iniciativa foi desenhada como reflexo dos compromissos da CPFL Energia com a preservação da biodiversidade em suas áreas de concessão e com a geração de valor para comunidades do entorno e clientes, em linha com a premissa de atuar de forma cada vez mais sustentável, segura e responsável. No Plano ESG 2030 da companhia, lançado em 2022, uma das metas do pilar Operações Sustentáveis é a criação do Posicionamento de Biodiversidade da CPFL, atestando a preocupação da companhia com o tema. Há também duas metas do pilar Atuação Segura e Confiável que evidenciam a relevância que a CPFL confere à segurança de seus colaboradores, de seus prestadores de serviço e de toda a população. Na meta 18, a companhia se compromete a fortalecer a cultura de segurança para atingir zero fatalidades, reduzir a frequência e a taxa de gravidade dos acidentes envolvendo colaboradores, colaboradoras e prestadores de serviço. Já o compromisso 19 explicita que a CPFL investirá R$ 50 milhões em projetos de conscientização e redução de riscos para a população até 2030 – uma das iniciativas incluídas na meta é justamente o programa Guardião da Vida.
Ao contribuir para reduzir as interferências externas nas linhas de distribuição, o projeto também permite que a CPFL Paulista siga cumprindo o seu compromisso com a qualidade e se mantenha como uma das distribuidoras do país referência em continuidade do serviço de fornecimento de energia. Historicamente, a frequência e a duração média das interrupções de energia na CPFL Paulista ficam abaixo dos limites estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em 2023, o indicador FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por unidade consumidora) correspondeu a 3,26 enquanto o limite da Aneel era de 5,09. Já o indicador DEC (Duração Equivalente de Interrupção por unidade consumidora) foi de 5,14 enquanto o parâmetro da Aneel era de 6,41.
A companhia também evita impactos financeiros e reputacionais relacionados ao reparo e à remediação dos danos que eventuais incêndios costumam causar às redes elétricas (curtos-circuitos, rompimento da fiação, acionamento dos sistemas de proteção das redes de distribuição e consequente interrupção do fornecimento de energia, entre outros). Além dos custos operacionais ligados ao trabalho de restabelecimento da energia, há também aqueles decorrentes de possíveis multas relacionadas à interrupção do fornecimento de energia e eventual demora até a normalização do serviço.
Vale ressaltar que apenas o investimento referente à transferência do traçado das linhas de distribuição para fora das 11 reservas ambientais e às demais modernizações da rede elétrica nessas áreas totalizou R$ 6,3 milhões. Desse total, R$ 2,7 milhões foram aportados em 2022 nas obras do Parque Natural Municipal Grota de Mirassol, das Estações Ecológicas de Ribeirão Preto, Luiz Antônio e Valinhos e do Parque Estadual Furnas do Bom Jesus, em Pedregulho. Em 2023, foram investidos os R$ 3,6 milhões restantes, nas obras realizadas nas Terras Indígenas Icatu (Braúna) e Araribá (Avaí), nas Estações Ecológicas de Marília e Bauru e nas Florestas Estaduais de Pederneiras e Batatais.
O projeto inovou ao ser desenvolvido de forma sistêmica, englobando um conjunto de ações para preservar a flora e a fauna dessas 11 Áreas Protegidas, garantir a segurança das pessoas que vivem próximas a elas e reduzir as interferências externas nas redes elétricas, que podem ocasionar a interrupção do fornecimento de energia e gerar transtornos e prejuízos aos clientes da CPFL Paulista. Além da retirada de trechos das linhas de distribuição que atravessavam essas reservas, com a diminuição da interferência humana nessas áreas e a consequente regeneração de parte da vegetação que antes era suprimida para assegurar a segurança das redes elétricas, a iniciativa incluiu a modernização das linhas de distribuição – várias delas instaladas há mais de 20 anos –, a intensificação das atividades de manutenção preventiva, o monitoramento dos incêndios e a sensibilização dos órgãos ambientais responsáveis pela gestão das Áreas Protegidas e da população.
A iniciativa contou com as seguintes etapas:
• Mapeamento das reservas ambientais nas áreas de concessão da CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE que possuíam redes de distribuição de energia no seu interior ou entorno.
• Definição da CPFL Paulista para implementar o projeto-piloto. A escolha se deu com base na extensão e nas especificidades das reservas existentes na área de concessão da distribuidora. Entre as 11 Áreas Protegidas mapeadas, há, por exemplo, Unidades de Conservação reconhecidas pelo Governo do Estado e Terras Indígenas.
• Análise das soluções a serem adotadas nas 11 Áreas Protegidas selecionadas, de acordo com as características de cada localidade, com a definição das redes que seriam reposicionadas ou passariam por modernizações, além de reforço nas manutenções preventivas.
• Implementação de processo de monitoramento de incêndios na área de concessão da distribuidora.
• Atualização de procedimento interno da empresa para a comunicação de incêndios florestais em sua área de concessão.
• Reforço do tema no programa Guardião da Vida, que visa conscientizar a população e evitar incidentes e acidentes decorrentes do contato indevido com a rede elétrica.
O projeto ainda foi um exemplo bem-sucedido de trabalho colaborativo entre a iniciativa privada e a esfera pública. Seu êxito é fruto não apenas da mobilização dos profissionais de diversas áreas da CPFL Energia e da CPFL Paulista, incluindo a alta liderança da distribuidora, mas também do engajamento de representantes dos órgãos ambientais gestores das Áreas Protegidas.
Para garantir energia elétrica de maneira ininterrupta a residências, escolas, hospitais, indústrias, comércios e outros estabelecimentos, as empresas distribuidoras constroem e mantêm extensas redes elétricas que perpassam ambientes urbanos e rurais.
A CPFL Energia, organização com 111 anos de história, conta com quatro empresas de distribuição – CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE –, que, juntas, possuem 343 mil quilômetros de linhas de distribuição de energia e abastecem cerca de 10,5 milhões de clientes em suas áreas de concessão, respectivamente nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A CPFL Paulista é a maior distribuidora do Grupo CPFL, atendendo 4,9 milhões de consumidores em 234 municípios do estado de São Paulo, incluindo grandes cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. Ao todo, a empresa opera uma rede de distribuição com mais de 133 mil quilômetros de extensão, além de 281 subestações, que transformam a energia de alta para média tensão.
Reduzir as interferências externas capazes de afetar o perfeito funcionamento das redes elétricas é um dos grandes desafios operacionais das distribuidoras de energia. Em áreas rurais (já antropizadas ou com vegetação nativa), os incêndios, que acontecem com mais frequência nos períodos mais secos do ano e muitas vezes estão ligados a intervenções humanas indevidas, como o descarte de bitucas de cigarro ou fósforos e a realização de queimadas para a limpeza de terrenos e a destruição de lixo doméstico, representam um perigo efetivo que precisa ser permanentemente gerenciado. Quando ocorre um incêndio, as chamas não precisam alcançar os cabos aéreos da rede para que eles sejam desligados, apenas o calor do fogo é suficiente para ocasionar curtos-circuitos, romper os fios e interromper o fornecimento de energia. Além de representar riscos para a saúde e a segurança das pessoas e prejudicar o seu bem-estar, os incêndios comprometem a biodiversidade, com impactos negativos para a fauna e flora locais, especialmente em áreas de alto valor ambiental, caso das Unidades de Conservação (UCs) e Áreas Protegidas.
Para minimizar esse cenário em sua área de concessão, que ultrapassa os 90 mil km2, a CPFL Paulista estruturou um projeto de prevenção de incêndios em Áreas Protegidas, com foco em 11 reservas ambientais por onde as linhas de distribuição de energia da empresa passavam. Vale destacar que grande parte da rede elétrica da distribuidora foi construída há várias décadas, quando a agenda ambiental não tinha a relevância que tem hoje e não havia o claro entendimento sobre os impactos negativos que poderiam ser causados à biodiversidade. Com ações sistêmicas e interligadas, o projeto incluiu a retirada de trechos das redes elétricas que atravessavam essas reservas, a modernização das linhas de distribuição, a intensificação das atividades de manutenção preventiva, além do monitoramento dos incêndios e da sensibilização dos órgãos ambientais responsáveis pela gestão das áreas e da população. Os remanejamentos e modernizações alcançaram 41,7 quilômetros nas 11 Áreas Protegidas.
Os impactos positivos do projeto são diversos: para o meio ambiente, para as comunidades e clientes da CPFL Paulista que vivem próximos às áreas contempladas e para a própria empresa. Além de contribuir para preservar a biodiversidade como um todo, uma vez que a alteração no traçado das linhas de distribuição diminui a interferência humana nessas áreas de alto valor ambiental, o projeto está possibilitando a regeneração da vegetação nas faixas de segurança e aceiros que antes precisavam ser suprimidos para aumentar a proteção das redes elétricas. Somadas, essas faixas de segurança chegam a 61,5 hectares, área que equivale a aproximadamente 86 campos de futebol. Desse modo, corredores ecológicos estão se formando, reconectando fragmentos florestais anteriormente separados, facilitando a circulação da fauna local e a dispersão de sementes de plantas, minimizando o isolamento de diversas espécies e contribuindo até para evitar a sua extinção.
O projeto ainda mantém uma frente de comunicação e sensibilização da população, que contribui para a conscientização das pessoas sobre comportamentos de risco que podem ocasionar incêndios e para a mudança de hábitos. Essa frente de comunicação está integrada ao programa Guardião da Vida, realizado nas áreas de concessão das quatro distribuidoras da CPFL Energia para chamar a atenção da população sobre o contato indevido com a rede elétrica, cujos conteúdos alcançam milhões de pessoas todos os anos.
O reposicionamento das linhas de distribuição em áreas de mais fácil acesso também está tornando mais ágil o trabalho das equipes técnicas da CPFL Paulista no atendimento aos eventuais problemas na rede elétrica, minimizando os eventuais transtornos e prejuízos aos clientes e melhorando a satisfação das pessoas com os serviços prestados pela empresa. A iniciativa ainda repercute positivamente para a imagem e a reputação da CPFL Paulista e reforça o relacionamento com os órgãos ambientais gestores das Áreas Protegidas.
O projeto começou a ser desenhado em 2020, ano em que, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, houve 277 incêndios florestais em Áreas Protegidas no estado, que atingiram 21,9 mil hectares (cerca de 12,5 mil hectares no interior dessas áreas e 9,4 mil hectares em seu entorno). Para fins de comparação, foram registrados 250 incêndios em territórios protegidos em 2021, 111 em 2022 e 158 em 2023.
Em 2021, a CPFL Paulista conduziu um mapeamento que identificou 25 Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Áreas de Preservação Permanente na zona de concessão da empresa, das quais 11 contavam com redes de distribuição de energia dentro ou muito próximas às áreas e foram beneficiadas com a retirada, realocação e modernização das redes elétricas. São elas:
1. Parque Natural Municipal Grota, no município de Mirassol.
2. Estação Ecológica, na cidade de Ribeirão Preto.
3. Estação Ecológica Jataí, no município de Luiz Antônio.
4. Parque Estadual Furnas do Bom Jesus, na cidade de Pedregulho.
5. Estação Ecológica, no município de Valinhos.
6. Terra Indígena Icatu, na cidade de Braúna.
7. Terra Indígena Araribá, no município de Avaí.
8. Estação Ecológica Estadual, na cidade de Marília.
9. Floresta Estadual, no município de Pederneiras.
10. Floresta Estadual, na cidade de Batatais.
11. Estação Ecológica, no município de Bauru.
Nas cinco primeiras, as obras foram iniciadas em 2022; nas seis últimas, as obras aconteceram em 2023. Com um investimento que totalizou R$ 6,3 milhões, todas as adequações previstas pelo projeto já haviam sido concluídas no início de 2024.
Ao viabilizar o reposicionamento das linhas de distribuição em uma área total de 41,7 quilômetros, o projeto colabora para a preservação da biodiversidade nas 11 reservas ambientais participantes, incluindo Terras Indígenas e áreas reconhecidas em âmbito estadual como Unidades de Conservação. As 11 áreas beneficiadas pelo projeto são:
1. Parque Natural Municipal Grota – Mirassol.
2. Estação Ecológica – Ribeirão Preto.
3. Estação Ecológica Jataí – Luiz Antônio.
4. Parque Estadual Furnas do Bom Jesus – Pedregulho.
5. Estação Ecológica – Valinhos.
6. Terra Indígena Icatu – Braúna.
7. Terra Indígena Araribá – Avaí.
8. Estação Ecológica Estadual – Marília.
9. Floresta Estadual – Pederneiras.
10. Floresta Estadual – Batatais.
11. Estação Ecológica – Bauru.
Com a alteração do traçado das linhas de distribuição, não há mais a necessidade de realizar manejos periódicos na vegetação, reduzindo a intervenção humana nessas áreas e possibilitando, inclusive, a recomposição da flora nativa nas faixas de segurança e aceiros próximos às antigas redes elétricas, que, somados, correspondem a 61,5 hectares, o que equivale a aproximadamente 86 campos de futebol. Anteriormente, era preciso suprimir a vegetação dessas faixas para garantir a qualidade no fornecimento de energia e evitar que queimadas realizadas de forma indevida afetassem as linhas de distribuição da CPFL Paulista. Com a regeneração, ocorre a formação dos chamados corredores ecológicos, que reconectam trechos de cobertura vegetal antes fragmentados, facilitando a circulação de espécies animais típicas desses ecossistemas e a dispersão de sementes de plantas. Os corredores evitam, por exemplo, que alguns animais tenham que cruzar áreas fora de seu habitat, como estradas, correndo o risco de serem capturados ou atropelados.
A iniciativa também impacta positivamente as comunidades que vivem nas Terras Indígenas ou que moram próximas às Unidades de Conservação e Áreas de Preservação Permanente. Além dos incêndios florestais representarem riscos para a saúde e a segurança das pessoas, as interferências e danos às redes elétricas costumam provocar a interrupção do fornecimento de energia, gerando transtornos ao dia a dia dessas populações, comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida e causando prejuízos materiais. Com a alteração no traçado das linhas de distribuição para fora das áreas de proteção, as atividades de reparo nas redes elétricas ficaram mais rápidas, uma vez que o acesso das equipes técnicas da CPFL Paulista aos locais é facilitado.
O projeto ainda engloba o programa Guardião da Vida, que contribui para conscientizar a população sobre os comportamentos de risco que podem provocar incêndios, como jogar cigarros ou fósforos às margens das rodovias, fazer queimadas para limpeza de terrenos ou para queimar lixo doméstico e acender fogueiras perto da rede elétrica ou soltar balões durante as festas juninas e julinas. Com uma estratégia de comunicação que inclui a divulgação de conteúdos educativos na imprensa, no site do programa, nas redes sociais da CPFL e nos canais de comunicação internos da companhia, o programa Guardião da Vida chega a milhões de pessoas anualmente. Em 2023, considerando as áreas de concessão da CPFL Paulista e das outras três distribuidoras do portfólio (CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE), a companhia investiu R$ 3,4 milhões no programa.
De forma complementar, colaboradores à frente do projeto também participaram das reuniões de trabalho e buscaram colaborar com o grupo gestor da Operação Corta-Fogo, programa do Governo de São Paulo que implementa anualmente uma série de medidas para prevenir e combater incêndios florestais, incluindo a conscientização da população.
O projeto começou a ser idealizado em 2020 e, desde então, sua evolução foi acompanhada de perto pelo presidente da CPFL Paulista em reuniões de periodicidade trimestral.
A iniciativa mobilizou diferentes áreas da CPFL, que trabalharam constantemente para concluir os serviços nas 11 localidades dentro do prazo estipulado. Dentre os setores internos que participaram ativamente estão as áreas de Meio Ambiente, Engenharia, Operações de Campo, Serviços de Transmissão, Obras e Manutenção, Gestão de Ativos, Jurídico, Comunicação e Regulatório.
O trabalho foi executado com o acompanhamento dos órgãos ambientais responsáveis pela gestão das Áreas Protegidas, em especial a Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo. Nas duas Terras Indígenas contempladas, as intervenções nas linhas de distribuição só foram realizadas após a comunicação e o consentimento das respectivas lideranças indígenas.
Após o diagnóstico que identificou as 11 áreas que possuíam redes elétricas da CPFL Paulista, foram definidos os planos de ação para a retirada e remanejamento das linhas de distribuição e/ou para a modernização dos equipamentos da rede, além da intensificação das manutenções preventivas. Um trabalho abrangente, cujo nível de complexidade variou de acordo com as especificidades de cada área. No consolidado, o trabalho em campo foi executado ao longo de dois anos, em 2022 e 2023.
O projeto ainda incluiu a atualização do fluxo de comunicação para o reporte de incêndios florestais na CPFL Paulista, a participação nas reuniões do grupo gestor da Operação Corta-Fogo (iniciativa do Governo de São Paulo para prevenir incêndios florestais no estado) e a estruturação da estratégia de comunicação para conscientizar a população sobre a importância de se evitar queimadas no âmbito do programa Guardião da Vida. A CPFL Paulista também passou a monitorar a ocorrência de queimadas em sua área de concessão e, sempre que ocorre um incêndio que afeta as suas redes elétricas, a empresa registra um boletim de ocorrência para auxiliar o trabalho das autoridades competentes.
Com os resultados positivos transversais do projeto – benefícios ao meio ambiente, aos clientes, às comunidades e ao negócio –, a CPFL Energia estuda a possibilidade de implementá-lo nas outras distribuidoras da companhia: CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE.
O monitoramento dos incêndios e o trabalho colaborativo com os gestores das Unidades de Conservação seguem em andamento, assim como a estratégia de comunicação e sensibilização da população. A prevenção aos incêndios florestais continuará sendo um dos tópicos disseminados pelo programa Guardião da Vida, que alcança milhões de pessoas todos os anos por meio dos conteúdos divulgados no site do programa, nas redes sociais, na imprensa (TV, rádio, jornais impressos, portais de notícia na internet) e nos canais de comunicação interna da CPFL.