VLI S.A.
A reciclagem de resíduos, além de proteger o meio ambiente, é uma forma de gerar renda para as famílias. Segundo o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), no Brasil há cerca de 800 mil pessoas que vivem dessa atividade.
Conforme o Panorama dos Resíduos Sólidos 2023, publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (Abrelpe), pouco se tem avançado na adequação do manejo dos resíduos sólidos no país. De acordo com o documento, estima-se que cerca de 33,3 milhões de toneladas de resíduos tiveram destinação ambientalmente inadequada no Brasil só no ano de 2022.
Diante de um cenário com oportunidades para trabalhar reciclagem, recuperação, reutilização e o fomento da economia circular, que amplia a visão sobre desenvolvimento sustentável e a mudança de hábitos, a VLI lançou, em setembro de 2021, uma iniciativa inovadora e inédita, o programa Novo Trilho, focado na promoção da educação ambiental e geração de renda para as comunidades próximas às operações ferroviárias da companhia.
A iniciativa transforma resíduos em valor e remunera pessoas das comunidades que se dedicam em fazer o descarte correto dos materiais, como garrafas PET, latinhas de alumínio, vidro e papelão. Isso é feito por meio de pontos de coleta em locais estratégicos nas regiões onde o Novo Trilho é realizado, como escolas municipais, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Apoio ao cidadão, Associações Comunitárias etc.
Atenta à dificuldade de acesso a bancos e instituições financeiras – segundo pesquisa conduzida pela Brink’s e a Fundação Dom Cabral, cerca de 38,5% da população adulta não possui acesso a uma conta bancária – a companhia realiza a remuneração dos participantes por meio de uma conta social. Quando a pessoa faz o descarte correto, ela é monetizada e o material é enviado para as associações de catadores, que também se beneficiam da iniciativa.
O motivador inicial para a criação do Novo Trilho envolveu um problema frequente: o descarte inadequado de resíduos nas faixas de domínio ferroviário da VLI. Apesar de a manutenção e limpeza dessas áreas serem uma prática da companhia, esse problema resultava em prejuízos para a comunidade, como forte odor e atração de animais peçonhentos; ademais, impactava na operação da VLI, uma vez que a fluidez nas faixas de domínio é fundamental para a segurança das operações ferroviárias
Desde seu lançamento, o programa Novo Trilho já arrecadou mais de 95 toneladas de materiais. Isso gerou mais de R$ 50 mil em monetização direta para as comunidades participantes e R$ 890 mil para o ecossistema de catadores e recicladores.
Esses resultados simbolizam a intencionalidade da iniciativa na promoção da sustentabilidade e na melhora da qualidade de vida das comunidades.
O Novo Trilho é exemplo de valor compartilhado. Afinal, ao aliar o recebimento dos materiais recicláveis a uma alternativa de remuneração extra para a comunidade, o programa conecta os pilares social e ambiental de forma indissociável. Além disso, com o programa, o relacionamento com as comunidades ainda se estreita, ampliando a licença das comunidades para as operações da VLI. Há uma contribuição mútua entre as partes.
A iniciativa reúne comunidades, VLI e o WasteBank. É por meio da parceria com esse banco de resíduos que o projeto contribui com a democratização do acesso ao mercado financeiro e fomenta a inclusão social e a preservação ambiental.
Como transportadora multimodal, a VLI deve seguir rigorosamente as normas e regulações dos diferentes modais de transporte para os quais possui concessão de operação. No caso das ferrovias, uma das responsabilidades impostas pela agência reguladora é a manutenção da limpeza das faixas de domínio, que são os trechos próximos às estradas de ferro operadas pela companhia. O acúmulo de resíduos nessas áreas pode gerar multas, penalidades e até mesmo a suspensão das atividades, afetando diretamente a operação da VLI. Em sentido prático, o acúmulo de resíduos na faixa de domínio ferroviário ainda gera riscos à segurança das operações, limita a velocidade que cada locomotiva pode operar nos trechos poluídos e, ainda, expõe os maquinistas a riscos de saques de cargas e ataques, os quais são facilitados pela baixa velocidade que precisa ser praticada nos trechos com restrições de velocidade causadas pelo acúmulo de lixo.
Todo esse contexto ainda interfere no relacionamento da VLI com as comunidades locais. Além de gerar valor para as pessoas, o Novo Trilho se tornou uma importante conexão com a comunidade, visto que a boa relação com as localidades onde a empresa atua é uma premissa do negócio.
Alinhada à Conexão 2030, mapa estratégico da companhia, que tem como objetivo de transformar a logística do Brasil e ser uma referência em sustentabilidade na logística, a VLI promove educação ambiental para as comunidades, por meio de campanhas e ações direcionadas, informando os moradores sobre a importância do descarte correto dos resíduos e os impactos negativos de um comportamento inadequado tanto para a comunidade quanto para a operação. Essa iniciativa ajuda a reduzir a quantidade de lixo jogado nas faixas de domínio, melhorando a limpeza e a segurança dessas áreas.
Assim, por meio da educação ambiental, a companhia não apenas reduz o risco de penalidades, garantindo a continuidade das operações sem interrupções ou sanções, mas reforça o objetivo de ser reconhecida como uma empresa referência em sustentabilidade e logística no Brasil e confirma o seu compromisso com a sustentabilidade e com o bem-estar das comunidades. Vale destacar que a melhoria na relação com os moradores facilita a operação da VLI, reduz conflitos e promove um ambiente de cooperação mútua em prol da sustentabilidade ambiental.
O programa Novo Trilho colocou no centro de seu propósito o cuidado ambiental, a boa relação com as comunidades e a parceria com escolas. Nas instituições de ensino, por exemplo, enquanto há o fomento da prática sustentável com as novas gerações, a comunidade escolar converte o resíduo em recursos que serão aplicados em melhorias na estrutura. São 19 escolas de seis cidades que participam da iniciativa. Esse exemplo evidencia a capacidade da proposta de ser disseminada e adaptada a diversos contextos permitindo ampliar os benefícios.
Os aspectos inovadores e inéditos do programa visam à boa integração e experiência dos usuários, que são catadores de materiais recicláveis profissionais ou moradores das comunidades que se dispõem a realizarem essa coleta e descarte, como alternativa para o incremento de renda.
1) Máquinas e pontos adaptados
Em cada município, há equipamentos como sensor, tablet e balança, adaptadas para uso em escolas e outros equipamentos públicos, com a garantia da pesagem, contagem dos materiais e comunicação direta com o sistema bancário, já realizando o crédito na conta.
Os formatos de pontos de coleta também são customizados conforme a demanda local.
– Ponto comercial (loja alugada) no bairro Nova Cintra, em Belo Horizonte (MG). Nesse ponto uma funcionária do projeto auxilia a população com a abertura de contas, faz a pesagem e a separação do resíduo, e por meio do sistema já programa o crédito na conta de quem fez o descarte.
– Ponto tipo container (Porto Franco e Imperatriz – MA). Estão localizados próximos da comunidade. Nesses pontos uma funcionária do projeto auxilia a população com a abertura de contas, faz a pesagem e a separação do resíduo, e através do sistema já programa o crédito na conta de quem fez o descarte.
– Máquinas em escolas e outros equipamentos. Hoje são 26 máquinas, sendo 19 máquinas em escolas municipais, duas máquinas em Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), uma máquina em Centro de Apoio ao cidadão, duas máquinas em Associações Comunitárias, uma máquina em Centro Cultural, uma máquina em Núcleo de Apoio a Criança. Nesses pontos, a comunidade pode descartar lata de alumínio e PET e através do sistema da máquina, o valor do peso do material descartado é creditado na conta (ou da escola, ou da comunidade).
2) Parceria com o WasteBank, solução digital integrada
O Novo Trilho se baseia numa parceria com o WasteBank, uma solução digital que oferece recompensas financeiras para pessoas que atuam na reciclagem ou para moradores que descartam resíduos corretamente. Essa integração digital permite um controle eficiente e transparente do processo de descarte e recompensa, visto que as pessoas que participam do Programa monitoram quanto o volume de materiais descartados equivale financeiramente e controlam esse valor diretamente por meio de um aplicativo mobile.
Uma das inovações centrais do WasteBank é a recompensa imediata para os usuários que descartam lixo e resíduos recicláveis nos pontos de coleta. O valor gerado é proporcional ao peso do material descartado e é creditada após o descarte. Essa recompensa financeira não só incentiva o cuidado e a preservação ambiental, mas também gera uma fonte de renda extra e acessível para os moradores e recicladores.
O WasteBank fornece um cartão habilitado para sistemas de débito e crédito por aproximação, facilitando o acesso aos fundos gerados pelo descarte de resíduos. Essa tecnologia simplifica o uso do serviço e amplia as possibilidades de utilização dos valores creditados, integrando os usuários aos serviços de pagamento digital e/ou on-line. Compras on-line também são possíveis com o cartão WasteBank, conectando os moradores a plataformas de venda com funcionamento exclusivamente digital.
3) Abertura de conta via celular
Cerca de 160 milhões de pessoas têm acesso ao aparelho celular para uso pessoal. Isso reflete em um alcance de 86,5% da população acima de 10 anos. Os dados, divulgados pelo IBGE, são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022. Em contrapartida, como apresentado anteriormente, há pesquisas que apontam que 38,5% dos brasileiros adultos não têm acesso a contas bancárias tradicionais.
Entre as mulheres, o percentual de desbancarizados (43,4%) é maior do que entre os homens (33,2%). No Nordeste, uma das regiões assistidas pela iniciativa, é onde registra-se a maior incidência de desbancarização (47,1%) – cerca de 20% maior que no Sul do Brasil.
Seguindo essa tendência, a fim de facilitar o acesso ao crédito por parte dos participantes do Novo Trilho, a abertura de contas é feita via celular, com exigência de poucos documentos, facilitando a criação do cadastro/conta. É um processo simples e intuitivo. Ainda assim, para comunidades onde há pontos físicos, como Nova Cintra (MG), Porto Franco e Imperatriz (MA), funcionários da comunidade dão assistência individualizada a cada morador.
4) Aplicativo para gestão financeira, com monitoramento em tempo real
O aplicativo do WasteBank permite que os usuários monitorem suas finanças em tempo real. A interface acessível do aplicativo foi desenvolvida para garantir uma fácil usabilidade, permitindo que mesmo aqueles com pouca familiaridade com tecnologia possam gerenciar seus ganhos de forma eficiente.
5) Linha de crédito especial
O programa oferece uma linha de microcrédito especial para os usuários, uma inovação que atende a uma necessidade crítica das comunidades periféricas e dos trabalhadores da reciclagem, que muitas vezes são excluídos dos sistemas financeiros tradicionais. Muitas dessas pessoas enfrentam dificuldades para acessar crédito formal devido à falta de formalização de seu trabalho. O Novo Trilho, nesse sentido, não apenas gera renda extra aos moradores, mas também proporciona inclusão financeira, já que, por meio do cartão fornecido pelo programa, é possível fazer compras on-line ou por pagamento via crédito ou débito por aproximação.
6) Infraestrutura sustentável
Os pontos de descarte desenvolvidos pelo programa são projetados com um enfoque sustentável. Hoje, são 29 pontos de coleta, sendo dois no estado de São Paulo, três no Maranhão e 24 em Minas Gerais. Essas instalações são criadas para facilitar o descarte adequado de resíduos de forma eficiente e ambientalmente sustentável. Assim, os pontos de coleta também simbolizam a atitude ambiental e a preservação de recursos naturais.
7) Economia circular
Ao promover a reciclagem e oferecer recompensas financeiras pelos materiais arrecadados, o Novo Trilho fomenta a economia circular nas comunidades. Os materiais recicláveis coletados são direcionados para as operadoras de reciclagem, sendo reintroduzidos no ciclo de produção, reduzindo o desperdício e incentivando práticas sustentáveis.
A reciclagem de resíduos, além de proteger o meio ambiente, é uma forma de gerar renda para as famílias. Segundo o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), no Brasil há cerca de 800 mil pessoas que vivem dessa atividade.
Conforme o Panorama dos Resíduos Sólidos 2023, publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (Abrelpe), pouco se tem avançado na adequação do manejo dos resíduos sólidos no país. De acordo com o documento, estima-se que cerca de 33,3 milhões de toneladas de resíduos tiveram destinação ambientalmente inadequada no Brasil só no ano de 2022.
Diante de um cenário com oportunidades para trabalhar reciclagem, recuperação, reutilização e o fomento da economia circular, que amplia a visão sobre desenvolvimento sustentável e a mudança de hábitos, a VLI lançou, em setembro de 2021, uma iniciativa inovadora e inédita, o programa Novo Trilho, focado na promoção da educação ambiental e geração de renda para as comunidades próximas às operações ferroviárias da companhia.
A iniciativa transforma resíduos em valor e remunera pessoas das comunidades que se dedicam em fazer o descarte correto dos materiais, como garrafas PET, latinhas de alumínio, vidro e papelão. Isso é feito por meio de pontos de coleta em locais estratégicos nas regiões onde o Novo Trilho é realizado, como escolas municipais, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Apoio ao cidadão, Associações Comunitárias etc.
Atenta à dificuldade de acesso a bancos e instituições financeiras – segundo pesquisa conduzida pela Brink’s e a Fundação Dom Cabral, cerca de 38,5% da população adulta não possui acesso a uma conta bancária – a companhia realiza a remuneração dos participantes por meio de uma conta social. Quando a pessoa faz o descarte correto, ela é monetizada e o material é enviado para as associações de catadores, que também se beneficiam da iniciativa.
O motivador inicial para a criação do Novo Trilho envolveu um problema frequente: o descarte inadequado de resíduos nas faixas de domínio ferroviário da VLI. Apesar de a manutenção e limpeza dessas áreas serem uma prática da companhia, esse problema resultava em prejuízos para a comunidade, como forte odor e atração de animais peçonhentos; ademais, impactava na operação da VLI, uma vez que a fluidez nas faixas de domínio é fundamental para a segurança das operações ferroviárias
Desde seu lançamento, o programa Novo Trilho já arrecadou mais de 95 toneladas de materiais. Isso gerou mais de R$ 50 mil em monetização direta para as comunidades participantes e R$ 890 mil para o ecossistema de catadores e recicladores.
Esses resultados simbolizam a intencionalidade da iniciativa na promoção da sustentabilidade e na melhora da qualidade de vida das comunidades.
O Novo Trilho é exemplo de valor compartilhado. Afinal, ao aliar o recebimento dos materiais recicláveis a uma alternativa de remuneração extra para a comunidade, o programa conecta os pilares social e ambiental de forma indissociável. Além disso, com o programa, o relacionamento com as comunidades ainda se estreita, ampliando a licença das comunidades para as operações da VLI. Há uma contribuição mútua entre as partes.
A iniciativa reúne comunidades, VLI e o WasteBank. É por meio da parceria com esse banco de resíduos que o projeto contribui com a democratização do acesso ao mercado financeiro e fomenta a inclusão social e a preservação ambiental.
O Novo Trilho assumiu um papel importante na inclusão financeira de moradores das comunidades por onde a companhia passa, por meio do fomento à economia circular nas comunidades. Isso porque o programa gera aos moradores o acesso a linhas de crédito e cartões de débito, além de contas no aplicativo WasteBank. Isso é especialmente significativo para catadores de resíduos profissionais e moradores de comunidades que não possuem emprego formal. Essa oportunidade socioeconômica é um passo essencial para contribuir com a inclusão financeira, pois oferece a cidadãos tradicionalmente à margem do sistema bancário a participação econômica de forma mais ativa e segura.
Atualmente, o programa conta com mais de 900 correntistas junto ao WasteBank, incluindo CPFs e CNPJs de instituições e associações que realizam descartes coletivos. Esse empoderamento econômico permite que os moradores tenham uma fonte adicional de renda, melhorando sua qualidade de vida e fortalecendo a integração das comunidades.
Ao analisar o programa é importante destacar o perfil dos beneficiários do Novo Trilho, que é semelhante ao dos beneficiários do programa federal Bolsa Família, indicando seu profundo impacto social. Mais de 73% dos correntistas são mulheres, muitas das quais são mães solo, encontrando no programa uma alternativa acessível para gerar renda extra. Detalha-se que 82,5% dessas mulheres são pretas, ampliando o impacto social do programa ao promover a equidade social e econômica para grupos historicamente marginalizados.
Os principais estabelecimentos onde os cartões do WasteBank são utilizados incluem supermercados, hortifrutis, sacolões e açougues. Isso indica que a renda extra obtida por meio do programa é essencialmente gasta em alimentação e sustento das famílias, demonstrando o reflexo direto na melhoria das condições de vida dos participantes. A oferta de uma fonte de renda adicional ajuda essas mulheres a sustentarem sua família, ampliando a estabilidade econômica e social.
Além de proporcionar renda extra, a redução do descarte inadequado de resíduos contribui para um meio ambiente mais sustentável. Por meio do programa, as comunidades ainda passam a assumir mais protagonismo e atitude ambiental diante da conservação do espaço e da promoção de atitudes ecologicamente sustentáveis.
Nas comunidades já é observado a contribuição do projeto na geração de renda.
“O programa Novo Trilho é nota mil. Estou trabalhando em parceria com ele há mais de oito meses, e está me ajudando muito a sustentar minha casa e minha família. Hoje mesmo já levei mais resíduos e fiz uma troca de dinheiro”, afirma Senhor Alcides, catador de Belo Horizonte (MG).
“No fim de 2022 eu acabei ficando desempregada. Então, eu fiz da reciclagem a minha maior fonte de renda. Antes ela era a fonte alternativa. Eu coloco minha filha no carrinho e vou andando pelas ruas do bairro. Notei que nos dias da coleta de lixo há muitos resíduos. Percebi que o maior ponto de descarte era a linha férrea. Comecei a tirar minha renda disso levando os resíduos ao ponto de coleta. Com o dinheiro no cartão eu compro fruta, pão, alguma coisa que minha filha precisa. Quando o valor do resgate é maior eu consigo pagar alguma conta de casa”, conta Dona Soraia, moradora de Belo Horizonte (MG).
Grandes números da iniciativa (2021-2024)
Mais de 95 toneladas de materiais destinados à reciclagem
R$ 50 mil em monetização das comunidades
R$ 890 mil para o ecossistema de catadores e recicladores
900 participantes bancarizados
29 pontos (26 máquinas de coleta e outros 3 pontos fixos) em 11 cidades de 3 estados
A liderança da VLI é convidada a participar da construção de um negócio cada vez mais sustentável. A Estratégia Social é meta da diretoria e o Novo Trilho é um dos projetos que faz parte desse plano. Em 2023, a meta era realizar 28 iniciativas sociais num escopo de três projetos, sendo o Novo Trilho um deles. Apenas o Novo Trilho alcançou 29unidades em 11 cidades e três estados.
A Diretoria-executiva de Gente, Inovação e Sustentabilidade da VLI acredita firmemente no potencial do Novo Trilho, visto que o time vê o programa como um dos principais facilitadores para atingir algumas das metas de ESG (Environmental, Social, and Governance) da companhia.
A Diretoria-executiva não apenas supervisiona o desenvolvimento do Novo Trilho, monitorando os indicadores definidos (o volume de resíduo recolhido a cada ciclo, a renda gerada e o número de pontos de coleta em operação) mensalmente em agendas de resultados da área, mas também buscando ativamente soluções para expandir o programa para novas localidades e garantindo seu pleno funcionamento e impacto positivo em cada ponto que é implementado. Esse acompanhamento regular permite a identificação ágil de desafios e oportunidades, bem como a implementação de melhorias e expansões necessárias. A liderança está comprometida em escalonar o programa para mais regiões, ampliando seu alcance e impacto.
Em suma, o Novo Trilho contribui significativamente para as metas de sustentabilidade ambiental da VLI ao promover a reciclagem e reduzir o descarte inadequado de resíduos.
Além disso, ações de promoção do Novo Trilho ocorrem periodicamente nas localidades onde há pontos de recolhimento de resíduos, como oficinas comunitárias, mutirões de limpeza e eventos com a comunidade. Esses encontros sempre contam com a presença ativa de diferentes níveis de liderança da companhia, sejam líderes locais ou diretores-executivos. Assim, a participação da liderança em diferentes frentes do Novo Trilho simboliza a relevância do programa não apenas para as comunidades, mas também para o negócio da companhia. Isso fortalece a imagem da iniciativa diante dos empregados e das comunidades, impactando também a perspectiva de investidores e da mídia diante dos compromissos públicos de ESG (Environmental, Social, and Governance) da VLI.
O Novo Trilho demonstra alta possibilidade de disseminação, replicação e continuidade devido a sua abordagem simples, colaborativa e inovadora, além do impacto positivo para as comunidades onde está implementado. Diante de seu caráter de operação com resíduos sólidos, que são um problema comum para as comunidades, vê-se no programa uma ferramenta de cooperação e atitude ambiental, independentemente de onde seja aplicada. A VLI e a WasteBank já apresentaram a solução para empresas como Suzano e Rumo. Ambas avaliam formas de tratar a questão de resíduos em suas unidades operacionais. O programa pode ser adaptado para realidades diferentes que não necessariamente tratem do aspecto urbano e ferroviário que é o foco de VLI e Rumo, por exemplo.
Inaugurado em setembro de 2021, na região de Belo Horizonte, com apenas um ponto de coleta, em modelo de MVP (Minimum Value Proposition ou Produto Viável Mínimo), o Novo Trilho rapidamente expandiu sua atuação. Atualmente, opera em três estados e onze municípios, com 29 pontos de coleta de itens recicláveis. Essas unidades se distribuem entre lugares comunitários como praças e pontos de coleta coletiva, como escolas e associações de moradores.
Essa expansão rápida e eficaz demonstra a flexibilidade e adaptabilidade do projeto a diferentes contextos regionais. A VLI tem, ainda, a expectativa de lançar mais pontos de coleta próximos de suas operações.
Como o Novo Trilho tem como motivador para seu desenvolvimento o problema do descarte inadequado de resíduos nas faixas de domínio ferroviário, uma questão comum a muitas concessionárias ferroviárias, a metodologia do programa pode ser facilmente adaptada e implementada por outras concessionárias ferroviárias, oferecendo uma solução prática e eficiente para manter a limpeza e a segurança dessas faixas sob responsabilidade das concessionárias, além de melhorar as relações comunitárias de cada operadora de transporte com as respectivas comunidades por onde passa. O desempenho proveitoso do Novo Trilho em diferentes estados e municípios indica que o modelo do programa é flexível e também pode ser adaptado a diferentes contextos sociais e econômicos.
Embora inicialmente implementado nas faixas de domínio ferroviário da VLI, o Novo Trilho tem potencial para ser replicado em quaisquer comunidades onde haja oportunidade de trabalho com recicladores ou moradores dispostos a realizar a coleta seletiva. Os principais materiais arrecadados, como latinhas e garrafas PET, são itens comuns no cotidiano de todos os brasileiros, facilitando a adoção do programa em diversas localidades ou até mesmo em outras frentes de negócio que tenham contato direto com as comunidades. A estrutura do programa pode beneficiar não só os catadores profissionais, mas também qualquer morador que participe do descarte adequado de resíduos. Essa abrangência garante que o Novo Trilho possa ser implantado em diferentes comunidades, promovendo sustentabilidade, inclusão social e benefícios econômicos de forma ampla em diferentes lugares do Brasil, podendo, ainda, ser promovido por diferentes organizações de diferentes frentes de negócios.