VITTIA S.A.
“Em termos agronômicos, resiliência é a capacidade que um ecossistema possui de se recuperar e retomar suas funções após um determinado impacto. A adaptação à mudança do clima é a capacidade dos sistemas de adotarem medidas e práticas para diminuir os impactos causados pelas intempéries. Essas mudanças têm sido consideradas o maior desafio enfrentado pelos agricultores nas últimas décadas. Com a sua intensificação, as temperaturas médias do planeta devem aumentar, a distribuição das chuvas deve ser modificada e cada vez mais, mudanças bruscas no tempo vão ocorrer. Além disso, as mudanças climáticas fazem com que as plantas fiquem susceptíveis a novas pragas e doenças, colocando a agricultura em risco. Assim, esforços de adaptação à mudança do clima ganham relevância à medida que evidências indicam impactos (em sua maioria negativos) sobre os sistemas de produção.
Neste ano de 2023, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO declarou que Austrália, Brasil e África do Sul, principais produtores e exportadores de cereais, estão entre os países em risco de seca, assim como muitos outros territórios da África Ocidental e Central, Sudeste Asiático e Caribe, áreas do planeta especialmente vulneráveis ao El Niño. A entidade concluiu o alerta destacando que ações preventivas devem ser tomadas para mitigar seus riscos.
Nenhuma tecnologia, isoladamente, é capaz de impedir o aquecimento global, mas a combinação de diferentes estratégias, técnicas e produtos tem importante papel para a transição dos sistemas alimentares saudáveis e de impactos neutros ou positivos. Nesse contexto, destacam-se os bioinsumos, promovendo o equilíbrio dentro da produção agrícola.
Dentro desse conceito, o “Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030” (Plano ABC+) consiste em uma agenda estratégica do Governo Federal Brasileiro que dá continuidade a ações para enfrentamento da mudança do clima no setor agropecuário.
Uma das estratégias do instrumento, que aumenta a capacidade de adaptação frente às mudanças climáticas, os bioinsumos se configuram como importante fator. A meta de adoção é para 13 milhões de hectares, com um potencial total de mitigação de emissões de 23,40 milhões de toneladas de CO2 equivalente, em função da substituição de fertilizantes químicos pela adoção dos processos microbiológicos.
Entre as contribuições dos bioinsumos a plantas destacam-se: maior desenvolvimento radicular, possibilitando melhor absorção de água disponível pelas plantas; melhora dos atributos físicos e químicos do solo; diminuição do uso de fertilizantes químicos à base de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), tanto pelo aporte de nutrientes pelos microrganismos, como pelo incremento na eficiência da absorção de nutrientes pelas plantas; e a indução do sistema de defesa da planta.
Ao mesmo tempo, além das intempéries climáticas, outras transformações foram decisivas para as tendências estruturais do mercado agrícola mundial – como, por exemplo, o aumento da pressão populacional global e a limitação da expansão agrícola, a maior complexidade e custo para desenvolvimento de novas moléculas químicas; o aumento da população de pragas resistentes à defensivos químicos; o apelo da sociedade para o uso de produtos sustentáveis. Todos estes fatores convergiram para a busca por novas alternativas para elevar a produtividade dos cultivos com muito mais resiliência e sustentabilidade.
Fundada em 1971, a Vittia se destaca nacionalmente no segmento de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias biológicas para a agricultura. A empresa tem por missão promover, com o auxílio da tecnologia, aumento de produtividade e sustentabilidade para todas as culturas do agronegócio brasileiro. Há cinco décadas, quando iniciou suas atividades, a companhia foi uma das primeiras fabricantes nacionais de inoculantes, com foco, inicialmente, no mercado de soja. Ao longo dos anos, o escopo de atuação foi expandido, e a empresa passou também a produzir e comercializar fertilizantes foliares, fertilizantes de solo a base de micronutrientes, condicionadores de solo e organominerais, adjuvantes, inoculantes e defensivos biológicos.
Desde 2020, a Vittia vem atuando na expansão da sua linha de controle biológico à base de micro-organismos, sobretudo investindo em quatro frentes: buscando novas soluções biológicas para as principais pragas e doenças que afetam o agronegócio; testando novas aplicações e novos alvos biológicos dos produtos existentes; aprimorando suas formulações e tecnologias produtivas; e aumentando sua capacidade produtiva.
O trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias conta com extensa rede de parceiros de instituições públicas e privadas, atuando com a comprovação de resultados à campo, trazendo assim as melhores soluções ao produtor rural.
No rol de projetos colaborativos, destaca-se uma pesquisa desenvolvida pela Vittia em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano) – Campus Rio Verde, aqui relatada como prática de sucesso ao Prêmio Eco, por ter alcançado importantes resultados em fomento à resiliência vegetal.
Os estudos conduzidos tiveram como foco o grande desafio causado por eventos de secas e seus resultados negativos na produção da soja. E como alternativa estudada, a atuação de microrganismos específicos na mitigação dos danos desencadeados por esse estresse. A inovação alcançada reside na utilização alternativa de biodefensivos que proporcionam tolerância aos estresses bióticos e abióticos, e no melhoramento de culturas.
Para alcançar o resultado, foram conduzidos ensaios agronômicos entre os anos de 2019 a 2022 na casa de vegetação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, do qual participaram acadêmicos de graduação, e pós-graduação a nível de mestrado e doutorado. Os projetos de pesquisa seguiram procedimentos metodológicos estruturados e resultaram na publicação de seis materiais acadêmicos, entre monografias e artigos apresentados em congressos científicos.
Nos estudos, foram utilizados os produtos comerciais No-Nema (registrado no MAPA sob nº 34518) formulado a base da bactéria Bacillus amyloliquefaciens BV03, o produto Tricho-Turbo (registrado no MAPA sob nº 34018) formulado a base do fungo Trichoderma asperellum BV10 e o produto Bio-Imune (registro no MAPA: 43418), formulado à base de B. subtilis BV02. Os testes monitoraram resultados ao serem aplicados de forma isolada, bem como a interação desses microrganismos combinados, uma vez que aplicados isoladamente já produziram bons resultados, via semente ou via foliar sobre plantas de soja.
Estes produtos biológicos podem ser utilizados em qualquer cultura com ocorrência de mais de 30 variadas espécies de doenças para as quais são regulamentados. Além da eficiência de controle de doenças, já comprovadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA (AGROFIT, 2023), os resultados obtidos pelos experimentos evidenciam que as soluções biológicas da Vittia são ferramentas valiosas para o produtor lidar com as variações climáticas.
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“A utilização de bioinsumos vem crescendo no Brasil e no mundo devido aos fatores relacionados como políticas agrícolas, questões regulatórias aceleradas para produtos biológicos, pressão sobre uso de produtos convencionais para proteção de cultivo, resistência de pragas, doenças e plantas daninhas, mercado, inovação e avanços tecnológicos. De acordo com a consultoria IHS Markit (2022), o mercado de produtos biológicos de controle no Brasil cresceu a uma taxa anual de 42% e a projeção é de que até 2030 este setor alcance R$ 16,9 bilhões.
A cultura da soja, que no Brasil ocupa mais de 40 milhões de hectares, tem participado fortemente nessa nova dinâmica produtiva. No estudo “Bioinsumos na cultura da soja” publicado no final de 2022 pela Embrapa Soja, fatores como: o surgimento de novas pragas, doenças e aumento da resistência aos defensivos químicos, limitações de fontes de fertilizantes, estresse hídrico, além da própria demanda mundial por sistemas produtivos sustentáveis, tendem a mudar o cenário do sistema de cultivo da soja como uma monocultura que utiliza grandes quantidades de agroquímicos.
A sojicultura é, portanto, uma das principais responsáveis pelo crescimento do uso de bioinsumos no Brasil e tem demandas variadas para isso. Além do uso da fixação biológica de nitrogênio em larga escala, o controle biológico de pragas e doenças é utilizado em grande escala na cultura. No entanto, e paralelamente a isso, as mudanças climáticas têm sido responsáveis por grande parte das perdas em produtividade das lavouras de soja. Segundo a EMPRAPA Soja, os impactos do estresse hídrico na cultura na safra 21/22 geraram prejuízos de R$ 72 bilhões, com perdas severas principalmente no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimam que a safra 21/22 gerou 125,6 milhões de toneladas de soja, o que nas contas do órgão daria aproximadamente 10% de decréscimo em relação à safra 2020/21.
Para superar os desafios climáticos são necessárias soluções que ajudem as plantas a se desenvolverem melhor, com mais resistência ao estresse causado pelas intempéries, mas de forma sustentável, minimizando impactos na produtividade das lavouras. Nesse contexto, os produtos biológicos, formulados com microrganismos, estão ganhando destaque, devido aos seus múltiplos mecanismos de ação. Microrganismos como Bacillus e Trichoderma, utilizados nos estudos aqui apresentados, apresentam entre seus mecanismos de ação, a indução de resistência da planta a doenças, parasitismo, competição e antibiose, e a capacidade de promover o crescimento de plantas.
A Vittia tem entre seus temas da Agenda ESG, o pilar de “Inovação de produtos e soluções sustentáveis”, e por isso, promove pesquisas e projetos dedicados a cuidar das necessidades dos produtores. A atuação da área de P&DI está em linha com as tendências do setor em monitorar e avaliar a eficácia de bioprodutos e seus efeitos agronômicos. É válido destacar também que o fluxo de trabalho, após estudos em laboratórios e em campo, envolve a regulamentação das tecnologias desenvolvidas, incluindo para isso a elaboração de dossiês, condução e acompanhamento dos trâmites regulatórios exigidos pelas autoridades competentes. Para completar, a empresa desempenha importante papel de levar estas tecnologias e conhecimentos adquiridos aos produtores. Para isso, conta com times estruturados não só no Desenvolvimento de Mercado, mas também no time comercial, especialmente instruídos e capacitados para construir esta revolução no agronegócio.
Desta forma, ao analisar o cenário de intensa transformação da agricultura brasileira, e as demandas e tendências específicas da cadeia produtiva, entendemos a importância do estudo aqui apresentado para o avanço estratégico da Vittia em inovação e em protagonismo no desenvolvimento de soluções altamente sintonizadas com uma demanda latente em sua linha de atuação.
” “Em pesquisa recente realizada pelo Centro de Excelência de Agronegócios (CEA – EY) junto aos atores de todos os elos da cadeia de produção na Argentina, Brasil e Chile, foram listados os TOP 10 riscos e oportunidades para o Agronegócio. Ocupando a primeira posição dos principais riscos, estão os efeitos das mudanças climáticas. Quando se fala em alterações nos padrões – tanto excesso de chuva em alguns lugares e seca em outros – os impactos são evidentes.
Mas como sanar os problemas climáticos em um país que possui diferentes climas em suas regiões de plantio? O trabalho aqui apresentado, desenvolvido pela Vittia em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, reúne uma série de estudos e ensaios que tiveram como foco principal desafio mitigar os impactos causados pelo déficit hídrico (estiagem) na produção da soja. Entre diversos aspectos inovadores da prática, destaca-se a utilização alternativa de microrganismos específicos de biodefensivos e o monitoramento de sua contribuição na redução dos danos desencadeados por esse tipo de estresse.
Os projetos de pesquisa seguiram procedimentos metodológicos estruturados e resultaram na publicação de 6 materiais, sendo monografias e artigos apresentados em congressos científicos, os quais estão disponíveis de forma pública e on-line. Dentre os principais resultados obtidos, foi observado que as plantas tratadas com os microrganismos apresentaram maior potencial hídrico e grau de hidratação, maior capacidade em captar a luz solar e convertê-la em energia química, maior taxa fotossintética, maior eficiência do uso da água, dentre outros importantes avanços que resultaram sempre em melhor crescimento, desenvolvimento e adaptabilidade da planta.
Desta forma, o estudo representa importante contribuição, ao concluir que esses microrganismos apresentam grande potencial para serem importantes aliados na superação do desafio de resiliência climática e no alcance de ganhos em produtividade com sustentabilidade.
Para os estudos, foram utilizados produtos comerciais do portfólio de biodefensivos da Vittia, sendo dois à base de bactérias e um à base de fungos, conforme descrito em detalhes no item anterior. As plantas de soja receberam a aplicação dos produtos biológicos de forma isolada, bem como associada, via semente ou foliar. A aplicação via semente, foi realizada com o objetivo de minimizar os danos proporcionados por seca após o plantio, enquanto a aplicação foliar, foi realizada visando um reforço para situações de estresse hídrico, dias após o plantio, momento em que a planta direciona energias para o crescimento vegetativo e posterior produtividade. Para simular condição de seca, as plantas foram mantidas a 30% da capacidade de água pelo período de 10 a 16 dias. Foram avaliados os principais indicadores de processos fisiológicos e bioquímicos de plantas que indicam a eficiência do uso de água pela planta e a redução dos danos ocasionados pelo estresse hídrico, tais como:
a. a relação hídrica, relevante pois um dos maiores danos desencadeados pela seca consiste na redução do potencial hídrico das folhas abaixo dos limiares necessários para a manutenção dos processos fisiológicos vegetais.
b. o teor de pigmentos fotossintéticos – Os pigmentos fotossintetizantes são substâncias que absorvem a luz para a realização da fotossíntese, processo fundamental para a manutenção da vida no planeta.
c. trocas gasosas, relevante para investigar a quantidade de assimilação líquida do carbono, a condutância estomática (gs), a razão entre concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca), a taxa transpiratória (E) e a eficiência do uso da água.
d. Área foliar total, altura caulinar, taxa de crescimento absoluto e biomassa radicular.
Os estudos trouxeram como conclusões ótimos resultados em eficácia, demonstrando que as plantas que receberam a aplicação dos microrganismos conseguiram manter um bom grau de hidratação dos tecidos, mantiveram a manutenção da integridade das membranas celulares além de conseguir se recuperar mais rápido após a seca severa. Em destaque, os microrganismos conseguiram também retardar o tempo para que as plantas sentissem os efeitos em seus processos fisiológicos devido à falta de água no sistema. Os autores, apontaram ainda que os microrganismos apresentaram grande potencial para serem usados em programas agrícolas sustentáveis, proporcionando maior tolerância a estresses abióticos, garantindo a manutenção do potencial produtivo das culturas e, evitando danos econômicos proporcionados por fatores climáticos, como o estresse hídrico. Estes estudos nos mostram que estamos no caminho certo para entregar soluções biotecnológicas para os desafios climáticos.”
“Em termos agronômicos, resiliência é a capacidade que um ecossistema possui de se recuperar e retomar suas funções após um determinado impacto. A adaptação à mudança do clima é a capacidade dos sistemas de adotarem medidas e práticas para diminuir os impactos causados pelas intempéries. Essas mudanças têm sido consideradas o maior desafio enfrentado pelos agricultores nas últimas décadas. Com a sua intensificação, as temperaturas médias do planeta devem aumentar, a distribuição das chuvas deve ser modificada e cada vez mais, mudanças bruscas no tempo vão ocorrer. Além disso, as mudanças climáticas fazem com que as plantas fiquem susceptíveis a novas pragas e doenças, colocando a agricultura em risco. Assim, esforços de adaptação à mudança do clima ganham relevância à medida que evidências indicam impactos (em sua maioria negativos) sobre os sistemas de produção.
Neste ano de 2023, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO declarou que Austrália, Brasil e África do Sul, principais produtores e exportadores de cereais, estão entre os países em risco de seca, assim como muitos outros territórios da África Ocidental e Central, Sudeste Asiático e Caribe, áreas do planeta especialmente vulneráveis ao El Niño. A entidade concluiu o alerta destacando que ações preventivas devem ser tomadas para mitigar seus riscos.
Nenhuma tecnologia, isoladamente, é capaz de impedir o aquecimento global, mas a combinação de diferentes estratégias, técnicas e produtos tem importante papel para a transição dos sistemas alimentares saudáveis e de impactos neutros ou positivos. Nesse contexto, destacam-se os bioinsumos, promovendo o equilíbrio dentro da produção agrícola.
Dentro desse conceito, o “Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030” (Plano ABC+) consiste em uma agenda estratégica do Governo Federal Brasileiro que dá continuidade a ações para enfrentamento da mudança do clima no setor agropecuário.
Uma das estratégias do instrumento, que aumenta a capacidade de adaptação frente às mudanças climáticas, os bioinsumos se configuram como importante fator. A meta de adoção é para 13 milhões de hectares, com um potencial total de mitigação de emissões de 23,40 milhões de toneladas de CO2 equivalente, em função da substituição de fertilizantes químicos pela adoção dos processos microbiológicos.
Entre as contribuições dos bioinsumos a plantas destacam-se: maior desenvolvimento radicular, possibilitando melhor absorção de água disponível pelas plantas; melhora dos atributos físicos e químicos do solo; diminuição do uso de fertilizantes químicos à base de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), tanto pelo aporte de nutrientes pelos microrganismos, como pelo incremento na eficiência da absorção de nutrientes pelas plantas; e a indução do sistema de defesa da planta.
Ao mesmo tempo, além das intempéries climáticas, outras transformações foram decisivas para as tendências estruturais do mercado agrícola mundial – como, por exemplo, o aumento da pressão populacional global e a limitação da expansão agrícola, a maior complexidade e custo para desenvolvimento de novas moléculas químicas; o aumento da população de pragas resistentes à defensivos químicos; o apelo da sociedade para o uso de produtos sustentáveis. Todos estes fatores convergiram para a busca por novas alternativas para elevar a produtividade dos cultivos com muito mais resiliência e sustentabilidade.
Fundada em 1971, a Vittia se destaca nacionalmente no segmento de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias biológicas para a agricultura. A empresa tem por missão promover, com o auxílio da tecnologia, aumento de produtividade e sustentabilidade para todas as culturas do agronegócio brasileiro. Há cinco décadas, quando iniciou suas atividades, a companhia foi uma das primeiras fabricantes nacionais de inoculantes, com foco, inicialmente, no mercado de soja. Ao longo dos anos, o escopo de atuação foi expandido, e a empresa passou também a produzir e comercializar fertilizantes foliares, fertilizantes de solo a base de micronutrientes, condicionadores de solo e organominerais, adjuvantes, inoculantes e defensivos biológicos.
Desde 2020, a Vittia vem atuando na expansão da sua linha de controle biológico à base de micro-organismos, sobretudo investindo em quatro frentes: buscando novas soluções biológicas para as principais pragas e doenças que afetam o agronegócio; testando novas aplicações e novos alvos biológicos dos produtos existentes; aprimorando suas formulações e tecnologias produtivas; e aumentando sua capacidade produtiva.
O trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias conta com extensa rede de parceiros de instituições públicas e privadas, atuando com a comprovação de resultados à campo, trazendo assim as melhores soluções ao produtor rural.
No rol de projetos colaborativos, destaca-se uma pesquisa desenvolvida pela Vittia em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano) – Campus Rio Verde, aqui relatada como prática de sucesso ao Prêmio Eco, por ter alcançado importantes resultados em fomento à resiliência vegetal.
Os estudos conduzidos tiveram como foco o grande desafio causado por eventos de secas e seus resultados negativos na produção da soja. E como alternativa estudada, a atuação de microrganismos específicos na mitigação dos danos desencadeados por esse estresse. A inovação alcançada reside na utilização alternativa de biodefensivos que proporcionam tolerância aos estresses bióticos e abióticos, e no melhoramento de culturas.
Para alcançar o resultado, foram conduzidos ensaios agronômicos entre os anos de 2019 a 2022 na casa de vegetação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, do qual participaram acadêmicos de graduação, e pós-graduação a nível de mestrado e doutorado. Os projetos de pesquisa seguiram procedimentos metodológicos estruturados e resultaram na publicação de seis materiais acadêmicos, entre monografias e artigos apresentados em congressos científicos.
Nos estudos, foram utilizados os produtos comerciais No-Nema (registrado no MAPA sob nº 34518) formulado a base da bactéria Bacillus amyloliquefaciens BV03, o produto Tricho-Turbo (registrado no MAPA sob nº 34018) formulado a base do fungo Trichoderma asperellum BV10 e o produto Bio-Imune (registro no MAPA: 43418), formulado à base de B. subtilis BV02. Os testes monitoraram resultados ao serem aplicados de forma isolada, bem como a interação desses microrganismos combinados, uma vez que aplicados isoladamente já produziram bons resultados, via semente ou via foliar sobre plantas de soja.
Estes produtos biológicos podem ser utilizados em qualquer cultura com ocorrência de mais de 30 variadas espécies de doenças para as quais são regulamentados. Além da eficiência de controle de doenças, já comprovadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA (AGROFIT, 2023), os resultados obtidos pelos experimentos evidenciam que as soluções biológicas da Vittia são ferramentas valiosas para o produtor lidar com as variações climáticas.
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“A Vittia tem plena convicção de que os esforços e os investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento e em Inovação são cruciais para continuar evoluindo em seus objetivos de atuação e de negócios.
A área do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI) da Vittia, com mais de 1300m² e um time com mais de 50 profissionais, conta com laboratórios e casa de vegetação para pesquisa aplicada, além de núcleos de desenvolvimento e inovação em bioprospecção, bioprocessos e experimentação agronômica, tudo isso operado por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais altamente qualificados, que aliam foco na tecnologia e atenção à sustentabilidade para gerar soluções que contribuam na defesa e na nutrição das plantas.
Para a realização de pesquisas, a empresa conta também com mais de 170 parcerias estratégicas em mais de 140 centros de pesquisas, universidades, associações e com consultores especializados que auxiliam na identificação do melhor posicionamento da tecnologia e dos mecanismos de ação envolvidos.
Fomentar a realização de estudos técnicos e científicos e, em continuidade, a disseminação do conhecimento gerado, está no cerne da evolução científica almejada e da formação de uma nova geração de profissionais que entram no mercado de trabalho com a consciência da importância dos biológicos para uma agricultura mais sustentável. Através de fomentos, como bolsas de estudo de pesquisa, equipamentos e materiais de consumo, a Vittia investe nas pesquisas realizadas por alunos em graduação, mestrado e doutorado.
Na supervisão de projetos em todas estas linhas, o Centro de P&DI Vittia conta com profissionais especializados que mantem contato constante com os pesquisadores responsáveis pelos projetos, e os acompanham desde as etapas iniciais de planejamento e instalação do estudo, condução da pesquisa, mapeamento e análise de resultados, até a produção do relatório e publicação cientifica das conclusões alcançadas.
A empresa entende de ponta a ponta como sua tecnologia atua, e tudo isso com o apoio da equipe de assuntos regulatórios, que fornece o suporte a todos os setores de P&DI, traçando estratégias, regulamentando produtos e inovações, de forma ágil e precisa junto aos órgãos governamentais.”
“A publicação científica das pesquisas conduzidas pela Vittia e entidades parceiras tornam públicas e acessíveis as informações, metodologias e, principalmente, as conclusões obtidas com estes estudos, propagando conhecimento e fomentando sua expansão. Hoje, a empresa conta com milhares de resultados de pesquisas internas, e a publicação e o compartilhamento dos resultados representa valiosa contribuição científica e imenso potencial de avanço para a ciência, para a produção agrícola e para a sociedade como um todo.
A prática científica apresentada neste case apresenta relevante impacto para a sociedade como um todo, não apenas aos produtores rurais. Os estudos de pesquisa realizados resultaram na publicação de seis materiais, entre monografias e artigos científicos apresentados em espaços acadêmicos e eventos científicos.
Vale lembrar que no primeiro ano em que o trabalho acadêmico foi conduzido, o foco esteve na aplicação da bactéria Bacillus amyloliquefaciens BV03 (produto comercializado pela Vittia com o nome comercial NO-NEMA). Em um segundo estudo, houve aplicação novamente do NO-NEMA e a junção do fungo Trichoderma asperellum BV10 (comercializado com o nome TRICHO-TURBO), replicando assim os resultados do primeiro estudo e avaliando o potencial de aplicação associada. Na sequência, foi realizado ainda um terceiro estudo, estudando-se também as interações com o microrganismo B. subtilis BV02 (comercializado com o nome comercial BIO-IMUNE), via aplicação em semente ou foliar. Estes resultados, além de replicáveis, permitiram a continuidade dos trabalhos por diferentes acadêmicos ao longo de 2019 a 2022.
Outro destaque é que os biodefensivos, como os utilizados nos trabalhos aqui apresentados, podem ser indicados para qualquer cultura com a ocorrência de praga ou doença que possua registro. Indiretamente, estes produtos podem contribuir na mitigação do estresse hídrico na plantação em outras culturas, abrindo espaço para a replicação metodológica e extensão da prática à novos objetos de estudo, com perspectiva futura bastante positiva. Através dos trabalhos realizados temos o exemplo de perpetuação da ação com os biológicos e o incremento de novos microrganismos para continuar validando o case e aprofundando a base científica sobre o tema.
Desta forma, a realização do estudo aqui apresentado e as publicações científicas dele decorrentes constituem instrumento de registro e disseminação do conhecimento alcançado, possibilitando a replicação da prática e a continuidade da pesquisa ao compartilhar descobertas, estimular revisões por pares, facilitar a replicação de estudos, contribuir para a construção do conhecimento e inspirar pesquisas futuras objetivando o avanço da biotecnologia e a superação de desafios como a resiliência vegetal e tantos outros.
Vittia tem o know-how para disseminar conhecimento avançado e soluções integradas alcançadas através de estudo contínuo sobre as atuações e interações entre diferentes microrganismos a fim de trazer benefícios de longo prazo aos produtores. Ao longo de cinco décadas, a Vittia segue em trabalho colaborativo e fomento à pesquisa e desenvolvimento de soluções eficazes que cuidam e promovem a produção de alimentos cada vez mais sustentáveis, eficientes, acessíveis, seguros e de qualidade.”