M. Dias Branco S.A. indústria e Comércio de Alimentos
“Com sete décadas de existência, a M. Dias Branco, que nasceu de um sonho, se tornou a líder nacional em massas e biscoitos, com a missão de alimentar e inspirar as pessoas, transformando sonhos em realidade. Esse é o propósito que nos inspira e faz com que sejamos uma das maiores indústrias de alimentos do Brasil e do mundo. Estamos presentes em todo o País com marcas que são orgulhos nacionais, contando com um amplo portfólio de produtos sinônimos de sabor e qualidade.
A Agenda Estratégica de Sustentabilidade da M. Dias Branco tem por objetivo endereçar os temas materiais da companhia, abrangendo todas as unidades de negócio, considerando as preocupações dos stakeholders e os impactos ao longo da cadeia de valor. Em 2013, iniciamos o processo para identificação dos temas prioritários que integraram nossa 1ª agenda de sustentabilidade vigente no ciclo 2014-2021. Durante o primeiro ciclo dessa agenda, destacamos os seguintes marcos: criação de grupos de trabalho multidisciplinares para tratativas dos temas prioritários; divulgação de indicadores socioambientais como parte do relato integrado; criação do Comitê Executivo de Sustentabilidade; adesão e alinhamento dessa agenda aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ao Pacto Global da ONU; e o reporte ao CDP Clima, bem como estudo de riscos e oportunidades das mudanças climáticas. Como fruto desta jornada de mais de oito anos de avanços, destacamos a inclusão da M. Dias Branco na Carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e do ICO2 da B3, dentre outros reconhecimentos destacados ao longo da apresentação do nosso case.
Diante da mudança de cenários nas operações da Companhia, nas relações com stakeholders e considerando o período pós-pandemia e as tendências globais em relação a sustentabilidade no ambiente de negócios, revisitamos nossa agenda para o ciclo de 2022 a 2030. Com isso, buscamos conectar ainda mais nossas ações com as prioridades sociais, ambientais e de governança da atualidade, inclusive com compromissos públicos e metas de longo prazo.
Todo o processo de revisão da nossa Agenda Estratégica de Sustentabilidade contou com o suporte metodológico de uma consultoria especializada, que realizou entrevistas com diversos stakeholders (clientes, colaboradores, investidores, comunidade e outros), pesquisa de tendências de mercado, benchmarking com empresas de alimentos, dentre outras fontes. Como resultado, estruturamos a matriz de materialidade, considerando o impacto dos temas no nosso negócio versus a importância atribuída a cada um deles pelos diversos stakeholders.
No total, a nova agenda aborda 15 temas prioritários distribuídos em três pilares: cuidar do planeta (Ambiental), acreditar nas pessoas (Social) e fortalecer alianças (Governança). Para cada tema, foram estabelecidos indicadores e metas até 2030. No pilar ambiental, os temas são: Água, Energia, Mudanças climáticas, Resíduos, Embalagens e materiais plásticos sustentáveis e Combate à perda e ao desperdício de alimentos. No pilar social, os temas são: Relacionamento com as comunidades, Capital humano, Diversidade e inclusão, Saúde e segurança, Alimentos saudáveis e nutritivos e Segurança de alimentos. No pilar governança, os temas são: Riscos e oportunidades em sustentabilidade, Governança, ética e integridade e Cadeia de valor sustentável.
O conjunto de indicadores-chave, ligados aos temas prioritários, consistem nas 18 metas públicas a serem alcançadas até 2030, monitoradas mensalmente. Destacamos que o conjunto de metas públicas faz parte de um indicador de remuneração variável de diversas diretorias, vice-presidências e presidência da Companhia. Além disso, os resultados são reportados em instâncias internas da Companhia, tais como, reuniões mensais de Gestão por Diretrizes (GPD), Comitê Executivo de Sustentabilidade, Comitê ESG de assessoramento ao Conselho de Administração (CA) e ao próprio CA. No âmbito externo, divulgamos os resultados no site da Companhia, nas divulgações trimestrais de resultado ao mercado financeiro e no relatório anual integrado.
A Companhia alcançou excelentes resultados com a primeira agenda, reportados nos relatórios integrados que são auditados por terceira parte. Evitamos o consumo de 1.093,35 t de filmes plásticos (2017 – 2021). Reduzimos o consumo total de plástico em 1,48% (acumulado até 2021). Reduzimos a geração de resíduos em todas as unidades, concretizando a unidade de Jaboatão dos Guararapes como aterro zero. A média anual de reciclagem foi de 57,50% (2014 – 2020). Foram implantadas diversas iniciativas de manejo de resíduos como reutilização, compostagem, coprocessamento, tratamento biológico, descontaminação de lâmpadas, rerrefino e outros. Alcançamos uma taxa de reuso de água de 87%, a mais elevada entre os anos 2014 (8,8%) a 2021 (16,46%). Reduzimos a intensidade energética em 4% (2015 a 2021). Elaboramos o inventário de emissões de gases do efeito estufa nos escopos 1 e 2. Evoluímos no score CDP Clima para B- (2021). Realizamos de forma metodológica uma priorização dos nossos fornecedores críticos, a partir de critérios de sustentabilidade, e ao fim de 2021, conseguimos qualificar 100% dos que se enquadram em categorias de matérias-primas críticas. No processo de qualificação, passamos a incluir novos critérios de sustentabilidade. Lançamos a Política de Direitos Humanos, Diversidade & Inclusão (D&I). Implementamos ações afirmativas em D&I, tais como: datas comemorativas, fóruns de discussão, atualização cadastral junto aos colaboradores para viabilizar senso racial, parceria com instituições para capacitação de PCDs, curso de libras, dentre outras. Incluímos temas de sustentabilidade nas trilhas de formação da Universidade Corporativa. Atendemos com doações 100% das comunidades do entorno, entregando mais de R$ 73 milhões em doações de alimentos (2014 – 2021) e mais de R$ 21 milhões destinados para investimento social (2014 – 2020). Viabilizamos que 100% dos produtos, no mercado interno, fossem fabricados sem gordura parcialmente hidrogenada. Incentivamos e disseminamos conhecimento científico sobre produtos e ingredientes internamente.
Para a nova agenda, referente ao ciclo 2022-2030, ampliamos nossas ambições, por exemplo, em relação ao tema “embalagens”, cuja nova meta almeja que 100% das embalagens sejam recicláveis, e/ou compostáveis (que irão desaparecer na forma de compostos, podendo contribuir com a adubação de solos) e/ou biodegradáveis (que se desintegram em cerca de um ano após o descarte pelo consumidor). Para o tema “água”, a M. Dias Branco almeja reutilizar até 20% desse recurso até 2025 e até 30% nos próximos oito anos. Em cenários de escassez hídrica, o sistema da fábrica em Eusébio/CE, onde fica a matriz da Companhia, já permite que 100% da operação produtiva da unidade seja abastecida a partir do reaproveitamento da água de chuva. As unidades de Jaboatão dos Guararapes/PE e Salvador/BA também já reutilizam parte de águas pluviais. O objetivo é que a iniciativa se estenda a todas as fábricas. Outra proposta é reduzir a zero a quantidade de resíduos enviados para aterros em todas as operações até 2030.
Em relação ao tema “mudanças climáticas”, a Companhia pretende reduzir em 10% as emissões absolutas de Gases do Efeito Estufa (GEE), até 2025, já alcançando um resultado de 12,3% em 2022. Estamos em processo de definição da meta baseada em ciência para entregar resultados ainda mais ambiciosos até 2030. Em linhas gerais, temos projetos de compensação ambiental, que foram recentemente ampliados no Nordeste do Brasil, assim passamos a apoiar 1.600 hectares da Reserva Natural Serra das Almas, ¼ total da área da reserva, que protege o Bioma da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. Com isso, atuamos em parceria com a Associação Caatinga fortalecendo o compromisso da Companhia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, tais como o ODS 15 – Vida na terra. “
“Temos um papel importante na sociedade, não apenas como fabricante de alimentos de qualidade, mas também como agente de mudança positiva em nossas comunidades e com os demais públicos que se relacionam com nossa Companhia. Por isso, nossa agenda de sustentabilidade está diretamente conectada ao planejamento estratégico da Companhia. Destacamos diversas contribuições dessa agenda ao longo das principais etapas da nossa cadeia de valor (compra de matéria-prima, operações e destinação final ao cliente/consumidor). Por exemplo, na etapa de compras de insumos e matérias-primas, temos ambições para uma cadeia de suprimentos mais sustentável. Em nossas operações e unidades industriais prezamos por práticas que promovam o menor impacto ambiental e um melhor relacionamento com a comunidade do entorno, além de boas práticas junto ao público interno. Na etapa final da nossa cadeia de valor, que consiste nas relações com clientes e consumidores, destacamos que nossa agenda incentiva, por exemplo, ambições que são importantes para nosso crescimento nos mercados de nutrição e saudabilidade com metas para criação de um programa de educação alimentar; bem como, nas metas que se conectam com o atendimento a demandas de consumidores mais conscientes, como a de lançamento de dois produtos carbono neutro até 2030.
Além disso, a Agenda Estratégica de Sustentabilidade contribui para a gestão de riscos e oportunidades de todos os temas prioritários, realizada e acompanhada em instâncias relevantes de governança da Companhia. Para fortalecer a governança dessa agenda, institucionalizamos a Política de Sustentabilidade, aprovada pelo Conselho de Administração. Nossa política estabelece o compromisso da M. Dias Branco em tornar a sustentabilidade parte da cultura, evidenciada nas decisões e práticas de negócio, bem como prevê a delegação de responsabilidades na gestão e mitigação dos impactos e engajamento dos stakeholders, atendendo às suas preocupações, que são discutidas nos reportes trimestrais ao Conselho. O documento está alinhado ao propósito, missão, visão e valores e reforça os compromissos da Companhia na proteção e respeito das partes interessadas. Todas as áreas de negócio apoiam a governança por meio de práticas, programas e projetos.
A Diretora de Gente, Gestão e Sustentabilidade (DGGS), que é membro titular do Conselho de Administração (CA), possui responsabilidades em viabilizar o reporte trimestral dos avanços e desafios da Agenda de Sustentabilidade 2030. Dentre as competências da DGGS está a visão da estratégica de negócio, pois executa o planejamento estratégico e a gestão dos indicadores de toda a companhia. Historicamente, em 2013, esta diretoria estimulou a criação de uma Agenda Estratégica de Sustentabilidade (2014 – 2021), bem como a sua revisão em 2021, e ampla divulgação em 2022, com metas a serem alcançadas até 2030. O planejamento da estrutura necessária para viabilização da agenda foi realizado por essa diretoria, com isso, além da área de Sustentabilidade foi criada uma gerência específica para as tratativas do tema de mudanças climáticas, com o objetivo de aconselhamento, definição de estratégias, gestão riscos, oportunidades e impactos.
Em 2021, pela primeira vez, realizamos a captação de R$ 811,6 milhões por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) classificados como Títulos Verdes. A demanda pelos CRAs chegou a R$ 2,3 bilhões.
Adicionalmente, em 2022, divido a Agenda Estratégica de Sustentabilidade, passamos a atrelar a remuneração variável de executivos a metas sustentáveis. A companhia possui um programa de gestão de desempenho e participação nos resultado com as metas para cada ano, desdobradas para as áreas e colaboradores de acordo com sua atuação e impacto. Essas metas estão atreladas as estratégias da empresa e as atribuições diretas dos colaboradores. Refletindo a importância do tema para a gestão, o rating de execução das metas da Agenda de Sustentabilidade é um indicador de participação nos lucros do CEO da Companhia, da Vice-Presidente de Administração, Desenvolvimento e Sustentabilidade e as diretorias de Suprimentos; Sustentabilidade; Pesquisa e Desenvolvimento; Logística; Operações Industriais. As metas e indicadores da Agenda de Sustentabilidade foram incorporados como na remuneração variável para as gerências envolvidas. ” “A inovação ligada a Agenda Estratégica de Sustentabilidade está presente aspectos das nossas iniciativas de disseminação e de alcance das metas.
Na disseminação, que é feita anualmente para todos os colaboradores, em todas as fábricas, por meio do evento intitulado “Encontro de Sustentabilidade”, inovamos em 2022, por meio de metodologias adaptadas para cada público entender o que de fato a Companhia se propõe a entregar a partir de suas metas sustentáveis e como cada colaborador poderia contribuir. Assim, gravamos uma série de podcasts com as lideranças envolvidas, abordando de forma didática os temas e metas em sustentabilidade e ressaltando ao final a participação dos nossos colaboradores, prestadores de serviço e demais parceiros de negócios. Essa série foi integrada ao game de sustentabilidade lançado para todos os colaboradores, mas com alvo no público operacional da Companhia. No game, os colaboradores assistiam a trechos dos podcasts, respondiam perguntas e conseguiam ver sua posição num ranking geral. Além disso, todos os episódios de podcasts tiveram tradução em libras. Realizamos também uma live online na rede social interna da Companhia sobre inovação e sustentabilidade, estimulando os colaboradores a atuarem na ideação de práticas que contribuem com metas de sustentabilidade da Companhia.
As áreas fins que atuam diretamente no alcance das metas da nossa agenda trazem inovações que viabilizam os resultados. Em 2022, nosso programa de inovação chamado “Germinar” passou a incorporar uma dimensão de sustentabilidade, trazendo desafios com startups que contribuem para o alcance das metas da nossa agenda. Com isso, viabilizamos um projeto de criação de uma calculadora ambiental que estima as emissões de gases do efeito estufa na criação e lançamento de novos produtos ou ajuste em produtos já existentes no portfólio. Com isso, temos como gerenciar a estratégia de lançamento de produtos em linha com premissas de metas da nossa agenda de sustentabilidade.
Temos também, atuado de forma inovação em outros temas da nossa agenda, por exemplo, no pilar ambiental, destacamos a busca pela maior participação de energia renovável na matriz elétrica da companhia, associada a estratégia de redução das emissões do escopo 2. Isto foi materializado a partir do estabelecimento da parceria com a Ômega para geração de energia eólica, localizado em Paulino Neves/ MA. Uma enorme inovação, na qual a Companhia passou a ser sócia de empresa para viabilizar sua meta e estratégia em relação a energias renováveis. Em 2022, adquirimos 32,6% de energia renovável, considerando a geração eólica da Ômega Energia com fonte certificada, com as devidas declarações do gerador, e energia com emissão de I-Recs (certificados de energia renovável).
Cientes de que o desperdício de alimentos é um fator potencializador da insegurança alimentar e da fome no mundo, temos metas públicas para a redução de perdas de insumos alimentícios e o combate ao desperdício de produtos acabados. Nossa meta de reduzir 50% o desperdício de produtos acabados até 2030 está diretamente alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3. Em 2022, alcançamos 65,63% de redução do desperdício, superando a meta de 2030. Além disso, temos ambição de reduzir 25% o índice de perda de insumos no processo produtivo até 2030. Com essa visão sistêmica sobre o combate à perda e ao desperdício de alimentos, nosso foco está no processo produtivo e na cadeia de abastecimento em relação a produtos acabados. Em 2022, avançamos na adoção de iniciativas para combater o desperdício de alimentos em produtos acabados, destacando o desenvolvimento de um fluxo ágil de doação de produtos excedentes que estão próximos da data de vencimento, beneficiando diversas instituições do terceiro setor pelo Brasil. Essas parcerias com as instituições do terceiro setor são importantes no combate à pobreza e transformação da realidade social brasileira. Além disso, temos avançado nas iniciativas que visam aumentar o nível de serviço logístico e melhorar a assertividade da previsão de vendas, com impactos positivos para minimizar o desperdício de alimentos. Sobre a redução das perdas de insumos alimentícios ao longo do processo produtivo, destacamos para as iniciativas de modernização de equipamentos, treinamento das equipes e readequação de controles de processo em todas as unidades industriais. Em 2022, reduzimos 14% as perdas inerentes ao processo de fabricação, em relação ao baseline. O principal desafio imposto e alcançado em 2022 foi o aumento expressivo do rendimento na unidade industrial do Rio de Janeiro/RJ.
Na nova Agenda Estratégica de Sustentabilidade, até 2030, foi definida uma meta pública que visa alcançar 150 mil pessoas com o Programa de Fomento ao Empreendedorismo e Profissionalização no Setor Alimentício. Para o alcance dessa meta, criamos o Alimentando Sonhos, programa no qual realizamos uma série de parcerias junto às instituições para execução de capacitações que promovem a inclusão socioeconômica, capacitando profissionais para o mercado da gastronomia ou para empreender, fortalecendo a empregabilidade e contribuindo para a superação da pobreza. Os cursos oferecidos, em geral, ajudam os participantes a fazer pães, salgados, bolos, doces, massas e pizzas. No ano de 2022, estabelecemos a meta de impactar 1.000 pessoas e, ao todo, alcançamos 4.078 pessoas, sendo a grande maioria mulheres das comunidades próximas às nossas unidades industriais.
Temos como um dos objetivos 2030, aumentar as compras com fornecedores locais, razão pela qual a companhia desenvolveu um programa para apoio os fornecedores em seu desenvolvimento. A iniciativa Supply Alliance, lançada no I Workshop para Fornecedores pretende consolidar como um ecossistema de geração de valor para toda a cadeia. Neste ecossistema está inserido o Supplier Coach, programa construído em parceria com a Procurement Garage, consultoria focada em Supply Chain, para auxiliar o desenvolvimento dos fornecedores. O programa foi pensado para que diferentes tipos de fornecedores, com atuação e porte distintos, pudessem usufruir de planos de desenvolvimento estruturados e que possibilitarão uma atuação mais estratégica, potencializando ganhos financeiros e reputacionais a essas empresas. Através de acesso facilitado a treinamentos e consultorias em diversos temas, como gestão de negócio, compras e ESG, nossos fornecedores ampliarão sua capacidade de negócio e nós teremos uma cadeia mais preparada para os novos desafios e oportunidades que vem surgindo. “
“Com sete décadas de existência, a M. Dias Branco, que nasceu de um sonho, se tornou a líder nacional em massas e biscoitos, com a missão de alimentar e inspirar as pessoas, transformando sonhos em realidade. Esse é o propósito que nos inspira e faz com que sejamos uma das maiores indústrias de alimentos do Brasil e do mundo. Estamos presentes em todo o País com marcas que são orgulhos nacionais, contando com um amplo portfólio de produtos sinônimos de sabor e qualidade.
A Agenda Estratégica de Sustentabilidade da M. Dias Branco tem por objetivo endereçar os temas materiais da companhia, abrangendo todas as unidades de negócio, considerando as preocupações dos stakeholders e os impactos ao longo da cadeia de valor. Em 2013, iniciamos o processo para identificação dos temas prioritários que integraram nossa 1ª agenda de sustentabilidade vigente no ciclo 2014-2021. Durante o primeiro ciclo dessa agenda, destacamos os seguintes marcos: criação de grupos de trabalho multidisciplinares para tratativas dos temas prioritários; divulgação de indicadores socioambientais como parte do relato integrado; criação do Comitê Executivo de Sustentabilidade; adesão e alinhamento dessa agenda aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ao Pacto Global da ONU; e o reporte ao CDP Clima, bem como estudo de riscos e oportunidades das mudanças climáticas. Como fruto desta jornada de mais de oito anos de avanços, destacamos a inclusão da M. Dias Branco na Carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e do ICO2 da B3, dentre outros reconhecimentos destacados ao longo da apresentação do nosso case.
Diante da mudança de cenários nas operações da Companhia, nas relações com stakeholders e considerando o período pós-pandemia e as tendências globais em relação a sustentabilidade no ambiente de negócios, revisitamos nossa agenda para o ciclo de 2022 a 2030. Com isso, buscamos conectar ainda mais nossas ações com as prioridades sociais, ambientais e de governança da atualidade, inclusive com compromissos públicos e metas de longo prazo.
Todo o processo de revisão da nossa Agenda Estratégica de Sustentabilidade contou com o suporte metodológico de uma consultoria especializada, que realizou entrevistas com diversos stakeholders (clientes, colaboradores, investidores, comunidade e outros), pesquisa de tendências de mercado, benchmarking com empresas de alimentos, dentre outras fontes. Como resultado, estruturamos a matriz de materialidade, considerando o impacto dos temas no nosso negócio versus a importância atribuída a cada um deles pelos diversos stakeholders.
No total, a nova agenda aborda 15 temas prioritários distribuídos em três pilares: cuidar do planeta (Ambiental), acreditar nas pessoas (Social) e fortalecer alianças (Governança). Para cada tema, foram estabelecidos indicadores e metas até 2030. No pilar ambiental, os temas são: Água, Energia, Mudanças climáticas, Resíduos, Embalagens e materiais plásticos sustentáveis e Combate à perda e ao desperdício de alimentos. No pilar social, os temas são: Relacionamento com as comunidades, Capital humano, Diversidade e inclusão, Saúde e segurança, Alimentos saudáveis e nutritivos e Segurança de alimentos. No pilar governança, os temas são: Riscos e oportunidades em sustentabilidade, Governança, ética e integridade e Cadeia de valor sustentável.
O conjunto de indicadores-chave, ligados aos temas prioritários, consistem nas 18 metas públicas a serem alcançadas até 2030, monitoradas mensalmente. Destacamos que o conjunto de metas públicas faz parte de um indicador de remuneração variável de diversas diretorias, vice-presidências e presidência da Companhia. Além disso, os resultados são reportados em instâncias internas da Companhia, tais como, reuniões mensais de Gestão por Diretrizes (GPD), Comitê Executivo de Sustentabilidade, Comitê ESG de assessoramento ao Conselho de Administração (CA) e ao próprio CA. No âmbito externo, divulgamos os resultados no site da Companhia, nas divulgações trimestrais de resultado ao mercado financeiro e no relatório anual integrado.
A Companhia alcançou excelentes resultados com a primeira agenda, reportados nos relatórios integrados que são auditados por terceira parte. Evitamos o consumo de 1.093,35 t de filmes plásticos (2017 – 2021). Reduzimos o consumo total de plástico em 1,48% (acumulado até 2021). Reduzimos a geração de resíduos em todas as unidades, concretizando a unidade de Jaboatão dos Guararapes como aterro zero. A média anual de reciclagem foi de 57,50% (2014 – 2020). Foram implantadas diversas iniciativas de manejo de resíduos como reutilização, compostagem, coprocessamento, tratamento biológico, descontaminação de lâmpadas, rerrefino e outros. Alcançamos uma taxa de reuso de água de 87%, a mais elevada entre os anos 2014 (8,8%) a 2021 (16,46%). Reduzimos a intensidade energética em 4% (2015 a 2021). Elaboramos o inventário de emissões de gases do efeito estufa nos escopos 1 e 2. Evoluímos no score CDP Clima para B- (2021). Realizamos de forma metodológica uma priorização dos nossos fornecedores críticos, a partir de critérios de sustentabilidade, e ao fim de 2021, conseguimos qualificar 100% dos que se enquadram em categorias de matérias-primas críticas. No processo de qualificação, passamos a incluir novos critérios de sustentabilidade. Lançamos a Política de Direitos Humanos, Diversidade & Inclusão (D&I). Implementamos ações afirmativas em D&I, tais como: datas comemorativas, fóruns de discussão, atualização cadastral junto aos colaboradores para viabilizar senso racial, parceria com instituições para capacitação de PCDs, curso de libras, dentre outras. Incluímos temas de sustentabilidade nas trilhas de formação da Universidade Corporativa. Atendemos com doações 100% das comunidades do entorno, entregando mais de R$ 73 milhões em doações de alimentos (2014 – 2021) e mais de R$ 21 milhões destinados para investimento social (2014 – 2020). Viabilizamos que 100% dos produtos, no mercado interno, fossem fabricados sem gordura parcialmente hidrogenada. Incentivamos e disseminamos conhecimento científico sobre produtos e ingredientes internamente.
Para a nova agenda, referente ao ciclo 2022-2030, ampliamos nossas ambições, por exemplo, em relação ao tema “embalagens”, cuja nova meta almeja que 100% das embalagens sejam recicláveis, e/ou compostáveis (que irão desaparecer na forma de compostos, podendo contribuir com a adubação de solos) e/ou biodegradáveis (que se desintegram em cerca de um ano após o descarte pelo consumidor). Para o tema “água”, a M. Dias Branco almeja reutilizar até 20% desse recurso até 2025 e até 30% nos próximos oito anos. Em cenários de escassez hídrica, o sistema da fábrica em Eusébio/CE, onde fica a matriz da Companhia, já permite que 100% da operação produtiva da unidade seja abastecida a partir do reaproveitamento da água de chuva. As unidades de Jaboatão dos Guararapes/PE e Salvador/BA também já reutilizam parte de águas pluviais. O objetivo é que a iniciativa se estenda a todas as fábricas. Outra proposta é reduzir a zero a quantidade de resíduos enviados para aterros em todas as operações até 2030.
Em relação ao tema “mudanças climáticas”, a Companhia pretende reduzir em 10% as emissões absolutas de Gases do Efeito Estufa (GEE), até 2025, já alcançando um resultado de 12,3% em 2022. Estamos em processo de definição da meta baseada em ciência para entregar resultados ainda mais ambiciosos até 2030. Em linhas gerais, temos projetos de compensação ambiental, que foram recentemente ampliados no Nordeste do Brasil, assim passamos a apoiar 1.600 hectares da Reserva Natural Serra das Almas, ¼ total da área da reserva, que protege o Bioma da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. Com isso, atuamos em parceria com a Associação Caatinga fortalecendo o compromisso da Companhia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, tais como o ODS 15 – Vida na terra. “
“Há uma governança em três instâncias para aprovação e execução das metas vinculadas aos temas de sustentabilidade: Comitê Executivo de Sustentabilidade (formado por cinco diretores executivos), Comitê de ESG (formado por quatro membros de posições estratégicas da Companhia, sendo um deles independente) e o Conselho de Administração (formado por sete membros, sendo três deles independentes). O Conselho de Administração é a maior instância de governança da Companhia e tem dentre suas responsabilidades o acompanhamento dos desafios nos temas prioritários e das demandas de stakeholders, viabilizando o engajamento junto às principais partes interessadas, seja por meio das metas da nossa agenda ou de projetos estratégicos aprovados e discutidos ao longo do ano.
A Gerência de Comunicação, Cultura e Sustentabilidade, ligada à Diretoria de Gente, Gestão e Sustentabilidade, e o Comitê Executivo de Sustentabilidade, ligado à Diretoria Estatutária, são as instâncias responsáveis por promover o engajamento de todos os colaboradores e fortalecer a cultura de Sustentabilidade.
Todas as áreas de negócio apoiam a governança por meio de práticas, programas e projetos. Cada tema priorizado é tratado por meio de Grupos de Trabalho (GTs) multidisciplinares ou faz parte do escopo de atividade de uma área específica. Os resultados das iniciativas são reportados periodicamente ao Comitê de Sustentabilidade e ao nível diretivo nas reuniões mensais de Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD).
Os resultados da agenda de sustentabilidade são acompanhados no Actio, sistema de indicadores cujo governança é realizada pela área de Estratégia e Gestão da companhia. “
“A criação de uma Agenda de Sustentabilidade é possível e necessária a todas a companhias que assumem o compromisso de contribuir com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável e que atuam na mitigação dos riscos mapeados pelos fóruns econômicos.
A partir da identificação e atuação em seus temas materiais, cada organização pode construir resultados e impactos de fatos sustentáveis e que contribuem para a perenidade do seu negócio. A integração na Agenda de Sustentabilidade dos aspectos ambientais, sociais e de governança, portanto, é um exemplo prático de como a gestão do negócio, o uso eficiente de recursos, a geração de oportunidades e benefícios coletivos para toda a cadeia de valor podem compor a estratégia da companhia que visa crescer com propósito e atender aos anseios de suas partes interessadas.
Neste contexto, a Agenda de Sustentabilidade da M. Dias Branco tem contribuído com a evolução do nosso negócio e nos levou a assumir compromissos que possuem conexão com os temas materiais, ao criar novas tecnologias e novas formas de impactar positivamente onde atuamos e, inclusive, a endereçar riscos para o negócio decorrentes de cenários econômicos diversos.
Com metas definidas para cada tema material, buscaremos alcançar os compromissos que assumimos voluntariamente até 2030. “