“Sustentabilidade está definida como um dos pilares estratégicos da Unipar, o que faz com que iniciativas desenvolvidas neste campo produzam impacto relevante em nosso negócio. Uma das principais matérias-primas do nosso negócio é energia elétrica, seguido de sal e etileno – só energia representa 50% dos custos de produção de cloro e soda cáustica. Os projetos de diversificação da matriz energética que estamos realizando por meio de joint ventures (JVs) com importantes players do mercado têm foco na autoprodução de energia elétrica com uso das fontes renováveis solar e eólica. Com a autoprodução, além de obtermos uma economia de 20% a 30% no custo da energia, teremos redução da nossa pegada de carbono e ganhos em excelência operacional e confiabilidade das plantas, contribuindo diretamente para menor impacto dos nossos clientes a partir de soluções mais sustentáveis, item que também está contemplado entre os compromissos que assumimos.
Nosso hidrogênio será hidrogênio verde, que por sua vez será usado para produção de HCl (ácido clorídrico) mais sustentável – a meta é chegar a 80% do HCl fabricado com hidrogênio verde. Além disso, a parcela de hidrogênio não consumida na produção de HCl é utilizada na produção de vapor, reduzindo o consumo de gás natural. Ao reduzir o consumo de gás natural, melhoramos nossa pegada de carbono, o que também vai contribuir para nossa meta de reduzir em 10% as emissões de CO2 escopos 1 e 2 até 2025.
O processo de transição energética da Unipar desempenha ainda um importante papel para que a companhia seja bem-sucedida em seu projeto de expansão, uma vez que a descarbonização da economia, com as empresas buscando reduzir sua pegada de carbono, é algo que estará cada vez mais presente nos próximos anos na forma como as empresas se estabelecem, crescem e fazem negócios, seja no Brasil ou no exterior.
O objetivo da Unipar é dobrar de tamanho nos próximos 10 anos, seguindo o direcionamento estratégico de crescimento sustentável e observando as tendências de mercado. Neste sentido, estamos investindo no desenvolvimento de projetos que visam ao atendimento da demanda gerada pelo novo marco do saneamento, como a construção já em curso de uma nova planta no Polo Petroquímico de Camaçari (Bahia), nosso primeiro projeto greenfield. A companhia, que atualmente lidera os segmentos de cloro e soda cáustica na América do Sul e é um dos maiores fabricantes de PVC suspensão e único produtor de PVC emulsão no Brasil, tem mapeado oportunidades em três verticais:
• expansão no negócio core (cloro/soda e PVC), no Brasil, na Argentina, ou em outras geografias no mundo;
• expansão para negócios adjacentes ao core (cloro/soda e PVC);
• e expansão em novos negócios de química básica e petroquímica, historicamente no DNA da Unipar
” “A Unipar tem uma atuação marcada pelo pioneirismo em transição energética: fomos o primeiro consumidor de energia no mercado livre no país, prática iniciada há mais de 25 anos. Desde então, só intensificamos a busca por soluções de energia mais renovável. Fomos a única empresa brasileira a figurar em pesquisa realizada pela BloombergNEF, que apontou os maiores compradores de energia renovável em 2021. A lista é elaborada a partir do acompanhamento dos mercados globais de commodities e as tecnologias disruptivas que impulsionam a transição para uma economia de baixo carbono – a Unipar figurou entre as dez empresas do mundo que mais contrataram energia limpa em 2021, ficando em 9º lugar.
Em todas as frentes de atuação estabelecemos direcionadores que estão alinhados aos nossos pilares, aos temas materiais e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, em especial ao ODS-6, relacionado a água potável e saneamento, ao ODS-7, que reforça nossa preocupação com a energia limpa, e ainda ao ODS-13, que ressalta nosso compromisso em combater as mudanças climáticas, todos essenciais para o nosso negócio.
Em nossa estratégia, nos desafiamos a inovar no modelo de nossa matriz energética, com a criação de joint ventures para autoprodução de energia elétrica renovável a partir da construção de dois parques eólicos, um em Tucano-BA e outro em Cajuína-RN, e um parque solar em Pirapora-MG. Juntos, os parques produzirão 485 MW de energia e, desse total, 30% serão destinados à Unipar, que vai direcionar este volume para o consumo de suas unidades fabris localizadas no Brasil. As joint ventures são projetos estruturantes para nós, pois juntas farão com que 80% da energia consumida por nossas plantas no Brasil sejam de origem renovável, o que terá papel essencial na melhoria da pegada de carbono da companhia, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa.
Estes projetos se caracterizam por aspectos inovadores desde sua elaboração. Para a implantação do parque eólico de Tucano, destacamos um moderno levantamento topográfico via satélite, em que mapeamos o histórico dos ventos na região 24 horas por dia nos últimos 20 anos, verificando em que período do dia a ocorrência de vento ali é mais intensa. Outro aspecto inovador está ligado ao sistema de prevenção que adotamos no parque. Os 25 aerogeradores que o compõem são equipados com para-raios, e na ponta de cada pá da hélice dos geradores há um sensor capaz de captar tempestades que estejam se formando a mais de 20 quilômetros de distância. O sensor envia sinais para nossa área de controle, para que a operação possa ser interrompida e por quanto tempo, se for o caso, para que a tempestade não danifique os equipamentos e afete a produção de energia.
O tema Sustentabilidade foi incorporado aos nossos Pilares Estratégicos como forma de garantir uma nova visão de futuro e o bom desempenho dos nossos negócios, para seguirmos atuando como agentes de transformação na indústria química. Isso se traduziu em uma série de iniciativas, com ações de curto, médio e longo prazos em nossas atividades: estabelecemos objetivos para a redução de emissão de carbono e para o aumento da participação de energia renovável na matriz energética; adotamos critérios de sustentabilidade para fornecedores; mantemos projetos de desenvolvimento nas comunidades do entorno, impactando milhões de pessoas nos próximos anos, ampliando o acesso à água tratada e garantindo o saneamento; entre outras.”