Lear Corporation
“O aumento da temperatura na Terra decorre em especial da emissão dos gases de efeito estufa, que impedem a dispersão do calor para fora da atmosfera e causam o aquecimento global, desencadeando uma série de consequências que conhecemos como mudanças climáticas.
O principal objetivo do projeto Futuro Neutro em Carbono é reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) oriundos direta e indiretamente das operações das plantas da Lear na América do Sul. Atualmente, são 11 fábricas, 7 no Brasil e 4 na Argentina.
Lançamos nossas metas em 2020. São elas, chegar a 2030 com redução de 50% das emissões e a 2050 com 100% das emissões neutralizadas.
Mas, sabemos que já não há mais o porquê esperar. O futuro é agora, por isso, começamos a desenvolver projetos e iniciativas que estão garantindo de forma consistente a redução e a neutralização das emissões em nossas plantas.
São ações que integram o projeto Futuro com Carbono Neutro e que estão trazendo resultados consistentes para a Lear, como aumento da eficiência energética, redução da poluição e mudanças nos métodos tradicionais de produção e gestão de recursos, com menor impacto ambiental.
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“Não há negócios sem futuro, pertencemos a indústria da mobilidade e influenciamos diretamente no comportamento, na percepção e cultura que estamos propostos a desenvolver com clientes, funcionários, fornecedores e a comunidade onde atuamos.
Somos uns dos principais fornecedores globais de componentes automotivos e estamos expandindo os negócios em nossa região. O respeito ao meio ambiente e o controle das fontes poluidoras, principalmente das emissões associadas às mudanças climáticas, são indispensáveis para garantir a ascensão no mercado e à participação de cotações para abertura de novos negócios.
A governança sobre os impactos ambientais e o controle da poluição fazem parte do roll de prioridade do negócio automotivo, ao ponto que o descuido com esse tema pode levar à desqualificação para continuidade ou prospecção de projetos.
Buscar alternativas inovadoras para métodos e processos produtivos com a finalidade de otimizar o uso dos recursos naturais e reduzir os impactos sobre o clima fazem parte do nosso tipo de negócio, e podem nos dar vantagem competitiva, resguardar de exposições indesejadas e respaldar e associar a marca a valores intangíveis na preservação do meio ambiente e no compromisso com o desenvolvimento sustentável.
” “A jornada Lear pela redução e neutralização dos gases de efeito estufa começou em 2019, quando a empresa se tornou signatária dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Naquele mesmo ano, alterou sua política de meio ambiente, saúde e segurança, incluindo o tema das mudanças climáticas e as ações de redução dos gases de efeito estufa. Em 2020, lançou a meta de reduzir as emissões em 50% até 2030 e de obter 100% de neutralização até 2050.
Para alcançar as metas e vencer os desafios, estamos tendo que que inovar, mudar a forma de gerencias os recursos disponíveis.
Um novo olhar para o uso da energia elétrica, buscar processos mais eficientes em forma de automação e técnicas para redução dos desperdícios.
Uso de combustíveis fósseis em nossos processos tiveram uma drástica redução e estão com os dias contados, nosso caminho vai ao encontro da eletrificação e utilização da energia solar como prática para ter ganhos ambientais e financeiros.
A gestão de resíduos, também passou por uma mudança, com foco na redução das emissões evitamos o envio para aterro e passamos a utilizar outras tecnologias de destinação final, como: Substituição de utensílios descartáveis por retornáveis, Parcerias para reutilizar parte dos resíduos e confeccionar acessórios e na coprocessamento para geração de energia, somos zero aterro.
Também na compra de energia elétrica, buscamos a compra de energia no mercado de energia, com foco na redução de carbono, adquirimos 75% da energia de fonte limpa para 2023.
Assim, iniciamos nossa jornada com os programas de redução e neutralização apresentados a seguir:
3.1 Eficiência energética
A energia elétrica é um recurso indispensável nos processos de produção das nossas operações e está associada diretamente à emissão de carbono, embora a matriz energética brasileira seja predominantemente hidráulica, ainda há usinas termoelétricas utilizadas no Brasil. Logo, o consumo de energia consta em nosso inventário de carbono como (Escopo 2).
Para melhorar a eficiência energética das plantas e diminuir as emissões (Escopo 2), iniciamos o Programa de Gestão de Energia através de um Playbook de eficiência Energética , de acordo com as bases a seguir:
• Formação de comitê de Sustentabilidade e plano de comunicação para envolvimento dos funcionários.
• Diagnóstico das perdas energéticas nos condicionadores de ar, compressores de ar, motores, iluminação e caldeiras.
• Projetos e implantação de tecnologias de automação, substituição de equipamentos e iluminação ineficientes.
• Projetos para aproveitamento da energia solar.
As ações implantadas a partir do programa de eficiência energética provocaram redução significativa no consumo de energia.
Em 2022 reduzimos 7% do consumo de energia (kWh/horas trabalhada) comparado com o ano anterior
3.2 Redução do consumo de Gás Combustível
Nas plantas da Lear, o gás combustível, derivado de metano ou propano, é utilizado para movimentação de mercadorias, através de veículos automotores, e nas cozinhas, no preparo dos alimentos. Quando queimado, ele se transforma em carbono, um dos principais vilões na formação do efeito estufa. Para minimizar nossa emissão, estamos trabalhando com novas tecnologias, substituindo ou reduzir o uso de gás combustível nas fábricas.
Em média, uma empilhadeira utiliza 1,2 m³ de gás combustível (propano) a cada mês de operação, o que corresponde a 3,18 toneladas de CO2 (segundo o GHG Protocol).
Em nossas operações, utilizamos 29 empilhadeiras que, ao todo, consomem 65,7 m³ de propano por mês. Ou seja, são aproximadamente 780 m³ de propano queimados por ano, gerando emissão direta de 212 toneladas de CO2 (escopo 1).
Além disso, estamos implantando projetos de aquecimento solar da água, reduzindo o consumo de gás para aquecimento da água usada na limpeza e na preparação de alimentos.
As ações referentes aos projetos de melhoria para a eficiência do uso de combustíveis resultaram em uma redução de 36% do consumo de gás em M³/Horas Trabalhadas em 2022 comparado com 2021.
3.3 Eliminação do envio de resíduo para aterro (Zero Aterro)
O Programa Zero Aterro consiste em inovar e mudar a tecnologia para uma melhor gestão e uma forma mais limpa de destinação para os resíduos gerados nas fábricas da Lear na América do Sul. Para implantar esse programa, foram consideradas a redução da geração de resíduos, o reaproveitamento, a reciclagem e a disposição sem aterro.
Em 2021, as plantas da Lear no Brasil geraram 6.500 toneladas de resíduos. Dessa quantidade, 400 toneladas não foram reaproveitadas e acabaram enviadas para aterros sanitários.
O uso inadequado do solo para o depósito de resíduos gera metano (gás de efeito estufa) e principal passivo ambiental dos aterros sanitários. Estudos da Universidade Federal do Paraná estimam que cada 1 tonelada de resíduos destinados a aterros pode gerar até 25 toneladas de metano, o que corresponde a 700 toneladas de CO2 (Segundo o GHG Protocol). Nessas condições, acumulamos 280 mil toneladas de CO2 por ano.
Como pano de fundo do programa zero aterro, focamos no desenvolvimento de soluções por meio de parcerias com empresas da região, para destinar adequadamente os resíduos gerados nas usinas e agregar valor aos recursos naturais.
Em 2022, mudamos nosso olhar para os resíduos. Produzimos um inventário e começamos a procurar alternativas para reduzir, reaproveitar e reciclar os resíduos gerados. Atuamos em diversas frentes e selecionamos as melhores práticas de cada região onde atuamos, em busca de governança e redução de impactos ambientais.
3.4 Esforços para reduzir
As plantas foram incentivadas a reduzir a geração de resíduos, com ações como de substituição de copos plásticos descartáveis por copos retornáveis, conscientização sobre o descarte de alimentos nos restaurantes e redução do uso de papel, com utilização de tablets e outros mecanismos digitais.
3.5 Reutilização de Resíduos
Resíduos de tecidos, couro e uniformes usados são reaproveitados para a confecção de acessórios como bolsas e carteiras. Já os resíduos do processo FOAM são encaminhados para uma fábrica de travesseiros e colchões, que são processados e vendidos a preços acessíveis para a comunidade local. Orgânicos, por sua vez, são encaminhados para compostagem e transformados em adubo orgânico.
3.6 Geração de energia
Outra parte dos resíduos de tecido é coprocessada e transformada em combustível, substituindo a utilização de derivados de petróleo no alto-forno. As cinzas provenientes da queima servem como base para a matéria-prima do cimento. Já os resíduos de madeira, provenientes de embalagens e paletes, são tratados, transformados em biomassa e utilizados como energia para as caldeiras.
Observação: Todos os fornos automotivos usados na queima de compostos possuem controles de emissão e cumprem normas e leis ambientais.
3.7 Separação e reciclagem
Todas as plantas da Lear possuem estrutura para a coleta seletiva e contam com uma central de triagem, onde os resíduos são separados e destinados de acordo com a categoria. Campanhas de conscientização sensibilizam os colaboradores, que contribuem ativamente com a gestão dos resíduos, por meio da separação correta e da coleta seletiva.
3.8 Resultados do programa de Zero Aterro
As plantas da Lear no Brasil começaram a aderir às práticas relatadas acima durante o ano de 2022. Em novembro do mesmo ano, a planta de Caçapava fez o último carregamento de resíduos para aterro sanitário, com envio de 450 quilos.
Desde então, a gestão de resíduos da Lear Brasil comemora uma grande conquista e um novo momento, com as plantas brasileiras atingindo o zero aterro. Isso significa que zeramos o envio de qualquer tipo de resíduo para os aterros sanitários e que estamos reaproveitando 100% dos resíduos gerados em fins mais nobres.
3.9 Aquisição de Energia Limpa
O International REC Standard (I-REC) é um sistema global que possibilita o comércio de certificados de energia renovável. Por meio dessa plataforma, empresas podem garantir que a energia que consomem seja proveniente de fontes renováveis e, portanto, limpa.
Algumas empresas investem em uma usina própria para gerar energia renovável. Outras, por meio de políticas de compras sustentáveis, dão preferência às fontes renováveis em compras de energia no mercado livre. Contudo, mesmo que essas empresas produzam ou comprem energia limpa, normalmente utilizam o grid do Sistema Interligado Nacional (SIN) para a transmissão.
Em 2023, toda energia consumida pelas plantas da Lear no Brasil terá neutralização de 75% do carbono, ou seja, será energia limpa.
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“O aumento da temperatura na Terra decorre em especial da emissão dos gases de efeito estufa, que impedem a dispersão do calor para fora da atmosfera e causam o aquecimento global, desencadeando uma série de consequências que conhecemos como mudanças climáticas.
O principal objetivo do projeto Futuro Neutro em Carbono é reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) oriundos direta e indiretamente das operações das plantas da Lear na América do Sul. Atualmente, são 11 fábricas, 7 no Brasil e 4 na Argentina.
Lançamos nossas metas em 2020. São elas, chegar a 2030 com redução de 50% das emissões e a 2050 com 100% das emissões neutralizadas.
Mas, sabemos que já não há mais o porquê esperar. O futuro é agora, por isso, começamos a desenvolver projetos e iniciativas que estão garantindo de forma consistente a redução e a neutralização das emissões em nossas plantas.
São ações que integram o projeto Futuro com Carbono Neutro e que estão trazendo resultados consistentes para a Lear, como aumento da eficiência energética, redução da poluição e mudanças nos métodos tradicionais de produção e gestão de recursos, com menor impacto ambiental.
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“O acompanhamento sistêmico dos indicadores é mensal, através de uma plataforma no sistema Gensuite, as plantas lançam dados dos recursos utilizados, onde é o desempenho é avaliado pelo comitê regional.
Além disso cada planta tem um comitê, conhecido com Comitê de Sustentabilidade, que faz a análise crítica do desempenho e resultados do programa.
Com base nos dados mensais, projetam-se ações e anualmente projetam-se investimentos para melhorar o desempenho do programa.
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“Estamos contagiando beneficamente a comunidade, fornecedores e outras regiões do planeta onde temos operações.
Estamos atuando dentro da comunidade através de projetos e práticas sustentáveis, incluindo a instalação de uma pequena usina solar em uma comunidade da Amazônia, nossos fornecedores participam de uma fórum para copiar e transmitir melhores práticas entre elas, redução de carbono na cadeia de suprimentos, além disso temos uma plataforma de partilha de projetos com outras regiões do planeta onde temos operações.
Agora, em 2023, continuamos nosso projeto com a meta de neutralizar 75% do carbono emitido a partir de 13.000 megawatts de energia elétrica (Escopo 2), atualmente nosso aspecto ambiental mais significativo. Isso significa um olhar para replicar iniciativas e boas práticas em todas as unidades da região e seguir evoluindo no nosso objetivo.
Além das iniciativas internas, outras três ações estão em andamento para serem implementadas ainda em 2023: em Lavras, estamos firmando uma parceria com a Universidade Federal para reaproveitar os resíduos decorrente da fabricação de capas de bancos. Na planta de Navegantes, estamos desenvolvendo um projeto de fabricação “